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SÃO PAULO: LUZ e BOM RETIRO
Postado por Estela T em 13/02/2016 Editado em 21/08/2022

Neste post você encontra opções culturais e de passeio no Distrito do Bom Retiro composto pelos bairros do Bom Retiro e Luz. Mas antes de tudo, vamos entender como surgiram estes dois bairros.

Como forma de "administrar e controlar" melhor as "terras portuguesas" contra invasões de outros europeus e dos indígenas (que estavam lutando pelo o que era deles), a coroa portuguesa arrendava as terras em grandes lotes. Eram instaladas chácaras e aos poucos  alguns pedaços de terra também eram vendidos e assim ia surgindo igrejas, lojas e ruas.

Exatamente o que aconteceu com o bairro da Luz, que se deu em 1600, quando foram doados a Antonio Camacho duzentos lotes de terras. Em 1601, Domingos Luiz e sua esposa Ana se mudaram para o bairro e eles ergueram também uma pequena capela em homenagem à sua santa de devoção, Nossa Senhora da Luz, e foi assim que a região ficou conhecida, como Luz e depois ficou definido que aquela região se chamaria Bairro da Luz.

Já o bairro ao lado, o Bom Retiro, veio da "Chácara do Bom Retiro", que era uma chácara de lazer para famílias ricas do século XIX. O bairro abrigou também o primeiro prédio no Brasil destinado à instalação de uma linha de montagem de automóveis, com a inauguração da fábrica da Ford do Brasil na Rua Solon em 1921.

LUZ

Museu de Arte Sacra

O passeio que você faz no Museu de Arte Sacra é rápido porque o museu é pequeno, porém, não são pequenos os seus objetos em relação a valor histórico. Sem falar o prédio que ocupa é de 1788, nosso período barroco.

O Museu aberto desde 1970 ocupa uma parte do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz (ou Mosteiro da Luz, como é conhecido também) e a antiga Casa do Capelão que desde 1999 possui em exposição o acervo de presépios do museu.

O acervo do museu se constitui por objetos coletados pelo primeiro arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, que a partir de 1907 começou a recolher tais imagens sacras de igrejas e pequenas capelas de fazendas que sistematicamente eram demolidas após a proclamação da República. Outras fontes de doação começaram a surgir na década de 70. Vale lembrar que o acervo do museu é do estado de São Paulo, vindas de antigas igrejas e capelas do Estado que foram demolidas ou que tiveram seus objetos substituídos em função das transformações da liturgia católica. Com isso, criou-se um inventário conjunto com outras instituições museológicas do estado, bem interessante para quem está interessado no assunto e, para ver a lista completa, clique aqui!

Hoje o local possui cursos, sala de projeção de filmes, exposições temporárias (como a do presépio, mais no final do ano), feiras de artesanato (conforme programação anual), palestras e etc.

Quando visitei o museu, estava na região cedo demais para um compromisso. Então decidi visitar o museu que estava bem vazio em um dia de semana. Os objetos de fato são riquíssimos em detalhes e alguns muito belos. Adorei verificar a estrutura original do prédio (adoro estas coisas) e achei o ambiente de muita paz e calma.

Como ele é pequeno, a visita não é longa, acho que não chega a 01 hora. Outro ponto importante que preciso falar: não tenho fotos do local porque, como disse, aproveitei que estava na região para visitar e, portanto, não levei minha câmera. Ok... tenho fotos do celular, mas não acho que fotos deste tipo de aparelho sejam boas o suficiente para colocar aqui no blog rsrsrsrs. Quero trazer só qualidade, então, por enquanto, só as informações estão aqui!

Informações:
Horário de funcionamento: De Terça a domingo das 9h-17h. Fechado nas Segundas.
Final do ano: Presépio Napolitano - 10h-11h e das 14h-15h
Entrada: R$6,00 e sábado é gratuito (valor atualizado em Setembro/2019)
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 - Luz (possui estacionamento gratuito, porém se lotar, lotou)
Metrô mais próximo: Luz (linha azul)

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Pinacoteca do Estado + Estação Pinacoteca + Memorial da Resistência

 

Sao Paulo Centro, Brasil, Pinacoteca

Fachada da Pinacoteca

A Pinacoteca do Estado é um museu de artes visuais e tem como ênfase a produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade. São mais de 5 mil pinturas e esculturas, mas acredito que nem todas estão expostas ao mesmo tempo.

É interessante passear pelas salas da Pinacoteca e notar a cronologia da arte brasileira, passando pelo naturalismo europeu até chegar a dias mais atuais.

O prédio foi transformado pelas mãos do arquiteto Paulo Mendes da Rocha e, por conta disso, o passeio fica ainda mais lindo!

Para chegar lá, você desce na estação Luz. Lá dentro da estação pode parecer um tanto bagunçado sair na saída correta, mas é só prestar a atenção nas placas para não se perder. Vale a pena ressaltar que vira e mexe a região (na rua) fica um pouco perigosa. Para evitar assaltos, sugiro esconder câmeras e objetos de valor até chegar ao prédio. E evite andar por lá em horários após 17h.

A Pinacoteca foi fundada em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, e, portanto, é o museu de arte mais antigo da cidade.

O acervo original da Pinacoteca foi formado com a transferência, do antigo Museu do Estado (que hoje é o Museu Paulista da Universidade de São Paulo), de 26 obras de importantes artistas que atuaram na cidade como Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Antonio Parreiras e Oscar Pereira da Silva. Ao longo do tempo, foi assumindo ainda mais o papel de museu de arte contemporânea, comprometido com a produção de seu tempo, com destacada presença no cenário artístico do País.

Além do riquíssimo acervo que fica no segundo andar, a Pinacoteca realiza cerca de 30 exposições e recebe aproximadamente 500 mil visitantes por ano. O primeiro andar é destinado a exposições temporárias. Já fui em várias como a do Andy Warhol e da TATE.

Geralmente a Pinacoteca recebe boas exposições temporárias. Seu espaço é relativamente grande para tal, mas dependendo do artista ou exposição, costuma a lotar pra caramba a fila. Chega a ser um pouco desconfortável apreciar arte com bagunça e burburinho dos visitantes.

Há um café no local para aqueles que querem tomar um café ou apenas descansar depois de uma bela exposição.

Bem ao lado da Pinacoteca há o Parque Jardim da Luz com várias esculturas expostas. Vale a pena fazer um passeio por lá.

Dica: Se você estava no Mosteiro de São Bento é muito fácil ir andando até a Pinacoteca. Porém, tal feito exige muita, mas muita atenção e cautela! Estando de frente ao mosteiro, siga a esquerda, passando pelo viaduto Santa Ifigênia (local muito perigoso para assaltos e furtos) e depois vire a primeira direita, na Casper Líbero e siga em frente até avistar a estação de trem, Luz. Depois atravesse pela estação para chegar à Pinacoteca ou vire à esquerda para ir até a Estação Pinacoteca. Em todo o trajeto de cerca de 20 minutos, tenha TOTAL CUIDADO. Eu mesma só encarei o trajeto porque estava com o namorido, jamais seguiria sozinha.

Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil

As passarelas internas

Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil

Entrada para o acervo

Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil

Espaço expositivo

Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil

"Barca" de Victor Brecheret e pinturas ao fundo

Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil

"O Mestiço" de Candido Portinari (à direita) e "O Caipira" de Almeida Júnior

Informações Pinacoteca:
Horário de funcionamento: Terça a domingo das 10h às 17h30 com permanência até as 18h.
Endereço: Praça da Luz, 02  (Possui bicicletário e estacionamento gratuito)
Entrada: R$10 sendo sábado gratuito (valores atualizados em Setembro/2019)
As entradas na Pinacoteca e na Estação Pinacoteca serão gratuitas durante o período de 18 de julho a 18 de outubro.

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Estação Pinacoteca

Para quem não sabe, a Pinacoteca possui um "anexo". Este anexo chama-se Estação Pinacoteca e também fica dentro de um prédio lindo e histórico do século XX. Aberto em 2004, recebe parte do extenso programa de exposições temporárias da Pinacoteca do Estado, geralmente arte contemporânea.

A primeira vez que fui, não imaginava que era um prédio com tantos andares. Acho que uns 4 cheios de obras de arte brasileira, com gravuras e clássicos do modernismo. Neste mesmo primeiro dia, tive a oportunidade de conferir a exposição de Nuno Ramos.

As fotos ao lado são de outra exposição contemporânea, muito boa com artistas como Guto Lacaz, Marcelo Mosquetta e Cildo Meirelles.

Estação Pina
Guto Lacaz na Estação Pina
Exposição na Estação Pina em São Paulo

 

 

Memorial da Resistência de São Paulo

 

Quando você vai lá na Estação Pinacoteca, pode visitar também o Memorial da Resistência de São Paulo que surgiu com a musealização da parte do edifício que sediou o Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops/SP), entre os anos 1940 e 1983. A instituição se dedica à preservar as memórias da resistência e repressão política do Brasil republicano. 

Além de tudo isso, o Estação Pinacoteca abriga o Centro de Documentação e Memória da Pinacoteca do Estado (Cedoc) e a Biblioteca Walter Wey, que apresenta um grande acervo de artes visuais, com destaque para arte brasileira, lógico.

Novamente: quando for pra lá, tome precauções para evitar furtos e assaltos.

Memorial da Resistência em São Paulo
Memorial da Resistência em São Paulo
Memorial da Resistência em São Paulo

Informações Estação Pinacoteca + Memorial da Resistência:
Horário de funcionamento:
Terça a domingo, das 10h às 17h30.
Endereço: Largo General Osório, 66  (Estacionamento: Rua Mauá, 51 - R$ 13,00 por 3h)
Biblioteca Walter Wey: Terça a sexta, das 10h às 17h30. Sábados e feriados, das 10h às 13h e das 14h às 17h30.
Centro de Documentação e Memória: Terça a sexta-feira, das 10h às 17h30
Entrada para Estação Pina: temporariamente gratuita (valores atualizados em Setembro/2019)
Entrada para Memorial da Resistência: Gratuito

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Sala São Paulo

Para quem não sabe, pertinho da Estação da Luz há a Estação Julio Prestes. São tão próximas que até eu já fiquei confusa, achando que a Sala São Paulo era um anexo da Estação da Luz, mas na realidade ela faz parte da Julio Prestes.

A Estação Julio Prestes ganhou notoriedade em meados do século XIX na época áurea do café brasileiro, quase 10 anos depois da construção da estação da Luz. Como a demanda pelo produto era grande, acabaram construindo a estrada Sorocabana, inaugurada em 1875.

No final, o alto custo e a má administração da estrada de ferro ocasionaram enormes dívidas, e a estrada foi e voltou para as mãos de uns e outros até que em 1904 a Sorocabana foi levada a leilão e adquirida pelo Governo Federal que, em seguida, a repassou para o Estado de São Paulo. Dentre mais idas e vindas de administradores, foi construído o trecho que unia Mayrink a Santos em 1938 e, portanto a Estação Júlio Prestes também foi inaugurada em 1938.

Em 1971 a Fepasa foi criada para agregar todas as empresas estatais paulistas de transporte ferroviário, com um plano de ampla reestruturação: desativar trechos deficitários e concluir obras inacabadas. Porém a situação era grave e não havia recursos financeiros para remodelar tudo.

Em 1ª de abril de 1998 o Governo do Estado de São Paulo entregou a Fepasa à União como forma de quitar dívidas. Com o acordo que possibilitou o uso da estação pela Secretaria de Estado da Cultura, teve início o processo de restauro dos salões da antiga estação de trem, dando origem à Sala São Paulo e a consequente a criação de um complexo cultural, além da estação de trens.

Sala São Paulo

Sala São Paulo

Dentro da Sala São Paulo no centro

Sala São Paulo: detalhes de uma antiga estação de trem

sala são paulo

Grupo da visita monitorada

Estação Julio Prestes no centro de São Paulo

De um dos salões dá pra ver a estação de trem Júlio Prestes

Conhecer a Sala São Paulo foi um passeio imperdível! Já havia assistido a concertos neste local, mas conhecer os fatos históricos com calma e sem muita gente era como se eu estivesse lá pela primeira vez!

Para você fazer este passeio, agende uma visita monitorada pelo email visita@osesp.art.br. Eles respondem super rápido e com muita atenção! Te passarão algumas datas e horários e aí é só ir! Chegue um pouco antes, tipo uns 15 minutos, mas saiba que para visitar será de segunda a sexta (exceto feriados) no período das 9h às 18h. A visita leva uns 40 minutos.

Entrada: logo após passar a Estação, haverá uma entrada para a Sala São Paulo e o estacionamento. E é por lá mesmo que você entra. Endereço: Praça Júlio Prestes, 16

Para quem não sabe, se você agendar a visita na segunda-feira, pode ir (depois da visita) à bilheteria e pegar ingressos para os concertos do próximo Domingo às 11h. Estes ingressos gratuitos de Domingo só são distribuídos na Segunda-feira anterior.

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Estação da Luz

 

Estação da Luz

Estação da Luz

Sim! Apesar dos pesares, a Estação da Luz é linda! Ela é um pouco daquilo que era São Paulo antigamente. Inaugurada no começo de 1901, ocupa 7,5 mil m² do Jardim da Luz, onde se encontram as estruturas trazidas da Inglaterra que copiam o Big Ben e a abadia de Westminter. Virou um novo marco da cidade, símbolo do progresso industrial da cidade e considerado uma sala de visitas de São Paulo. Era o local de desembarque de muitas pessoas que iam a São Paulo, até as personalidades ilustres daquela época como empresários, intelectuais, políticos, diplomatas e reis.

Mas isso tudo só foi possível graças à visão do industrial brasileiro, o Visconde de Mauá. Em uma viagem a Londres, Mauá estava certo de que o progresso do Brasil só seria possível através da rápida industrialização do país e, diante disso, fundou uma siderúrgica e contratou empregados ingleses e escoceses para o feito. A primeira ferrovia foi inaugurada em 1854 ligando o centro de São Paulo com Jundiaí e Santos, tudo operado por ingleses.

A estação tornou-se porta de entrada também aos imigrantes, sendo estes peças fundamentais para o crescimento da cidade em uma metrópole. A estação da Luz teve esta função até o fim da Segunda Guerra Mundial. Após este período, o transporte ferroviário foi sendo substituído por aviões, ônibus e carros, muito mais rápidos que os trens.

Em 1946, o prédio da estação foi parcialmente destruído por um incêndio e sua reconstrução se estendeu até 1951, quando foi reinaugurada. Ainda passou por outras reformas e restaurações e finalmente em 1982, o complexo arquitetônico da Estação da Luz foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat).

Hoje abriga também o Museu da Língua Portuguesa, que é fantástico! Eu já fui lá, mas infelizmente este museu pegou fogo no final de 2015. As obras de recuperação do museu estão acontecendo, porém, a previsão é que fique pronto em 2019, bom... vamos torcer!

E pertinho de lá está a sala de concerto mais requintada da cidade, a Sala São Paulo.

Para quem quer conhecer uma cidade próxima de SãoPaulo, pode optar pelo Expresso Turístico que é uma linha turística e faz viagens ligando a Estação da Luz a Paranapiacaba e Jundiaí. Este passeio iniciou em 2009, com locomotivas de capacidade para 170 pessoas, movidas a diesel e a cerca de quarenta quilômetros por hora. Para garantir o seu ticket, procure a bilheteria da estação.

Estação da Luz por dentro
Estação da Luz por dentro

Horário de funcionamento: todos os dias, das 4h às 24h.
Endereço: Praça da Luz, 1 - Luz - São Paulo (Metrô Luz).

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BOM REITRO

O bairro do Bom Retiro fica entre duas estações do metrô: Luz e Tiradentes. Inicialmente abrigava diversos imigrantes já que vários deles se instalavam próximos à estação de trem. Por isso que o bairro acabou tendo diversas caras: Portugueses, Libaneses, Turcos, Judeus, Coreanos. Ainda hoje é muito conhecido por abrigar diversas confecções e lojas de roupas que inicialmente eram estabelecimentos de imigrantes Portugueses. Quando eu era mais nova, o bairro era referência para comprar roupas baratas o que gerava um deslocamento enorme de pessoas pra lá e inclusive pessoas de outras cidades desembarcavam no bairro para comprarem peças de roupas para venderem nas suas cidades (as chamadas "sacoleiras"). Com a mudança da economia e a explosão de centros comerciais como shopping centers por toda a cidade e interior de São Paulo, as pessoas acabaram deixando de lado o Bom Retiro, mas ele continua bem movimentado (porém não mais muvucado como antigamente).

De toda forma, as confecções continuam firmes e fortes e por algum motivo e em algum momento se instalaram por lá imigrantes coreanos que aos poucos foram dominando estas confecções. Demorou muito para eles começarem a transformar o bairro com a inclusão de restaurantes e mercados com produtos coreanos o que me leva a crer que o boato que uma vez ouvi que querem mudar o nome do bairro para Koreatown ou Little Korea pode até ser verdade.

Alguns locais interessantes para comer comidas coreanas ou não:

 

Pho.366

Pois é... estou falando sobre uma possível Koreatown em São Paulo (ou uma segunda Koreatown porque a Liberdade no fundo é hoje mais coreana do que qualquer oura coisa) e acabo falando de um restaurante Vietnamita???? Sim, mas eu acho que ele é gerenciado por coreanos e como eu estava com saudade de comer um Pho (comi pela primeira vez em New York I), acabei caindo aqui!

O Pho.366 é um restaurante pequeno, bem ajeitadinho, com música pop-lounge-hipster tocando e atrai muitos coreanos. Como eu sabia que o restaurante era pequeno e que possivelmente poderia lotar na hora do almoço, cheguei lá às 11h45. O atendimento é bom e o prato sai rapidamente. Lá no fundo é possível ver os funcionários trabalhando na cozinha e, apesar do conceito semi aberto do local, não fica um cheiro forte de comida no salão.

o Pho de frango

Para quem não sabe, o Phở é um prato vietnamita que surgiu na virada do século XX (possivelmente com influência francesa que levou gado para o Vietnã... não há certeza sobre isso, mas o prato se originou no norte do país até a dominação comunista, sendo a produção do Phở "tomada" pelo governo comunista e, com isso, o prato migrou pro sul não comunista e, lógico, por lá prosperou). É como se fosse o ramen vietnamita, porém o macarrão é feito de farinha de arroz, muito leve e delicado.

Percebi no cardápio que há mais opções com carnes bovinas (umas 5?), apenas uma opção de frango (peito) e duas de frutos do mar. Como o local não aceita nenhum tipo de cartão, apenas dinheiro, cheque ou depósito bancário, acabei pedindo o de frango porque era mais barato do que os de frutos do mar (eu não como carne bovina), porém, até achei interessante poder provar o de frango porque foi exatamente este que comi em New York, então seria uma boa escolha para comparar os pratos.

Detalhes do macarrão do Phở

Para quem não sabe como faz para comer, é simples: o caldo vem bem quente e o sabor é beeeem leve, então você pode incrementar o sabor adicionando as ervas que vem a parte e também as verduras. Neste caso aqui veio coentro, hortelã e moyashi (broto de feijão), além do limão pra jogar em cima. Também veio nabo em conserva (este negócio amarelo) que você pode comer aos poucos sem jogar no caldo e pronto. Eu deixei o moyashi no caldo quente por um tempo para ele cozinhar e quando estava mais macio, comi. O caldo é muito perfumado e tem notas de cravo e canela mais acentuadas do que aquele prato que comi em New York. Pra ser sincera, gostei mais deste aqui! Muito saboroso, cheio de pedaços de frango e bem servido. Não consegui comer tudo! Estava muito delicioso!

Você pode pedir mais itens para ir adicionando no seu prato, eu não pedi e vou deixar para uma próxima vez, quando estiver faminta e acompanhada! Para vegetarianos, infelizmente não vi uma opção para vocês, visto que o caldo é feito de ossos de animais como boi, frango e etc.

Na casa ainda há outros pratos que eu não sei os nomes, mas que vou deixar para uma outra ocasião para prová-los! O prato que pedi custou R$40 (preço de Setembro/2019).

Endereço: R. Silva Pinto, 366
Horário de funcionamento: Segunda a Sábado das 11h30-15h e das 17h30-2oh ou 21h. Não abre aos domingos

Casa Búlgara

Bureka de batata da Casa Búlgara

Um dos locais que mais queria conhecer no bairro era a Casa Búlgara que é especializada em doces e salgados da Bulgária com influência judia.

A Casa Búlgara

A casa funciona desde 1975 e era comandada pela Dona Lina Levy que nasceu na Bulgária, mudou para Israel e depois para o Brasil. Anos depois a sua filha também passou a administrar a casa e está à frente após o falecimento de sua mãe no final de 2018.

O legado e a qualidade parece que se manteve e é por isso que eu me apaixonei pelos salgados búlgaros chamados de burekas. É uma massa folheada bem fina em formato de bagel e deliciosa com vários tipos de recheios. Eu comi o de frango e o de batatas e ambos marcaram muito meu paladar.

O strudel também é muito bom, comi o de uvas que parece que é feito somente uma época do ano, estava delicioso, porém, cheio de sementes. Único ponto negativo. Da próxima vez provarei a torta de ricota que estava com cara da torta de ricota que minha mãe fazia e era deliciosa

 Endereço: Rua Silva Pinto, 356
Horário de atendimento: De segunda a sexta das 09h15-18, sábados das 09h30-14h e fechado aos domingos. 

 

 

SnowFall

Snowfall possui loja também na Liberdade, mas como eu estava próxima, tive que dar uma passada nesta sorveteria. Trata-se de uma sobremesa coreana (não sei se Coreia do Sul ou ambas...) chamada "Patbingsu"ou somente "Bingsu" porque pelo o que entendi, o "Pat"é quando a sobremesa leva doce de feijão doce (tipo azuki japonês) e quando não leva este doce, é só "Bingsu". Mas enfim... é um sorvete que eles falam que é feito de "neve", mas no fundo é uma raspadinha de gelo rs, porém muito fininha e leve. No Japão existe uma variedade de "Bingsu" que leva um outro nome, lógico, e com menos "toppings", mas a SnowFall oferece alguns sabores "coreanos"como disse a atendente. Bom... eu não achei nada muito exclusivamente com sabor de coreano porque o que tinha de opções eram: manga, Bolacha Oreo, café, morango, PAÇOCA (!!!)... então não sei o que é coreano nisso aí.

Detalhe da "neve"do bingsu

Como estava querendo coisas mais asiáticas, pedi o de matchá japonês (chá verde concentrado) que vem com leite condensado, mochi (doce de arroz japonês) e azuki (doce de um tipo de feijão japonês). Bom, mais uma vez deu para ver que foi um osrvete japonês do que coreano rs, mas gostei muito (pedi um pequeno que custou R$13 - preço de Setembro/2019) porque não é quase nada doce e não é muito gelado (estava um dia frio), porém, achei o matchá muito fraco e esperava mais o sabor dele.

A casa possui cafés e outros tipos de opções geladas para a "neve", além de macarrons de sorvete que me pareceram enormes!. Volto pra casa fácil para experimentar outras opções!

Endereço: Rua prates, 547
Horário de funcionamento: não encontrei detalhes no site, mas parece que fica aberto até 20h, sei lá quando... deve ser de segunda a sábado.

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BellaPan Bakery

Existem hoje tantas "bakeries" no Bom Retiro que é até um pouco complicado escolher qual delas escolher. Acabei indo em umas 3 e para não enrolar você, já te falo que a BellaPan Bakery é a mais gostosa que eu provei até hoje. Diferente das nossas padarias, uma bakery tem esta proposta mais gourmetizada (aqui no Brasil) e produtos mais agradáveis ao paladar Coreano. Então não pense que é uma padaria paulistana e nem que é uma lanchonete, é uma bakery. Muito comum encontrar choux cream e pães ultra fofos que ficaram mais famosos por aqui por causa dos japoneses e suas lojas.

Horário de Funcionamento: De segunda a sexta das 07h30-20h30, sábados das 07h30-18h e domingo das 10h-17h
Endereço: Rua Prates, 563

Pães bem recheados e fofos

Um delicioso folheado

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Otugui

Este é um supermercado mais voltado ao público coreano, tanto para imigrantes quanto para descentes mas lógico... é um mercado para todo tipo de público e que possui também itens brasileiros também! Achei que fosse encontrar várias mercadorias japonesas ou chinesas, mas a minha surpresa foi ver que realmente eles vendem vários produtos coreanos. Lógico que outras nacionalidades aparecem, bem como produtos da Tailândia, por exemplo, mas a maioria dos produtos são coreanos.

Acho bem legal entrar em mercados para entender um pouco mais da cultura, mas confesso que foi bem complicado comprar produtos para mim porque eu não tenho na cabeça receitas coreanas.

Em uma outra oportunidade pelo bairro, comprei os doces coreanos típicos e achei muito "fora da caixinha" em relação a doces. Eu já sabia que coreanos não curtem  doces e sobremesas demasiadamente meladas de açúcar como as nossas iguarias, porém, não imaginava que um doce deles seria quase sem nada de açúcar rsrs. Talvez seja por isso que eles são magros.Mas voltando aos doces: comprei uma bandeja com o mix da foto e quando comi, percebi que eram meio embatumados e não entendi muito bem como classificá-los. Me pareceu ser bolinhos de arroz pesados, adocicados com outras coisas para complementar como frutas e feijões mas tudo sem sabor rs. Bom... eu não gostei, não casou com meu paladar, mas aconselho a todos a provar coisas diferentes!

O mercado abre todos os dias na Rua Três Rios, 251 e fecha às 20h

Otugui, mercado coreano

Doces típicos coreanos

Bebidas coreanas e asiáticas

Noodles coreanos

Petisco de carne seca coreana

Suco com gelatina

Sal de bambu (!!!)

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New Shin-la Kwan

Este restaurante tem como principal prato o churrasco coreano, muito popular. Todo país tem um prato popular e o churrasco coreano talvez seja o deles, creio eu. Quem quiser contribuir mais um pouco coloca nos comentários aqui!

Com um cardápio com muita carne bovina, há opções de magret de canard (pato) e pancetta que foram exatamente os que pedimos. Fomos em Dezembro de 2019 e o churrasco para 2 custou R$160,00 incluindo acompanhamentos que podem ser repetidos quantas vezes quiser (são legumes, verduras e arroz do tipo gohan). Caso queira pedir mais porções de carnes, há valores à parte mas garanto que o que vem alimenta até 3 mulheres pequenas ou um casal.

Eu já tinha ido a um restaurante coreano em 2007 e aquela foi a minha primeira experiência, porém o local não era lá tão bom e a minha companhia era péssimaaaaa então no final eu tive uma má impressão. Naquela época eu já não comia carne bovina e as outras opções eram barriga de porco e um peixe tipo sardinha. As pessoas que estavam comigo comiam carne bovina e a pediram, porém quando as carnes chegaram, todos que pediram carne bovina comeram primeiro a suína (totalmente ignorantes e egoístas) e o que me sobrou foram dois míseros pedaços (que estavam sem gosto, confesso) e aquela sardinha era muito sem graça. Outra coisa é que ninguém sabia como comer e ninguém perguntava como comer, então comemos errado!

Desta vez acertei em tudo: local, companhia e liberdade de poder ser respeitada e comer pato e porco, coisas que amo! O churrasco é na mesa, você mesmo quem faz a sua comida. Cada item tinha o seu sabor, não eram todos apimentados e condimentados iguais (no restaurante anterior que eu havia conhecido era tudo exagerado na pimenta). O garçon nos orientou como comer e qual molho seria ideal acompanhar qual carne. No começo foi difícil comer e fazer a comida ao mesmo tempo, mas depois de um tempo você começa a pegar o jeito.que

A comida é deliciosa e enquanto escrevo este post, minha boca enche de saliva kkkkk. O atendimento também foi muito bom, rápido e muito prestativo.

Endereço: Rua Prates, 343 (melhor acessado pelo metrô Tiradentes)
Abre todos os dias sendo Sábado e Domingo das 11h30-21h e de Segunda a Sexta das 11h30-14h e depois das 17h-21h

As mesas do New Shin-la Kwan

Os acompanhamentos deliciosos

Fazendo o churrasco

Restaurante Dare

Antes mesmod e perceber que o KPop estava na moda entre os jovens e os doramas coreanos entre os mais velhos, fomos no Restaurante Dare porque eu sempre quis entender um pouco mais de culinária coreana e vi um dia um canal de um descendente de coreano falando sobre este restaurante.

Chegando lá percebemos que ele possui dois andares, sendo o térreo com café e buffet que devem funcionar somente durante o dia e no andar de cima o restaurante a la carte.

Fomos muito bem recebidos e pedimos algo muito parecido com o Du-Bu Hhi-Gae que é um guisado (ensopado) de frutos do mar, carne (que eu perguntei se era de porco e falaram que sim, ams era bovino) e legumes. Estava gostoso, mas confesso que os acompanhamentos eram ainda mais gostosos!

O prato foi suficiente para dois. Algo em torno de USD 14

Eu gostei e acredito que seja algo bem típico da Coreia, visto que o restaurante é muito frequentado por seus conterrâneos.

Endereço: Rua Correia de Melo, 54

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