Neste post reunimos dicas para melhor conhecer os dois sítios arqueológicos de Pompéia e Herculano na Itália. Aqui contamos todos os detalhes!
SCAVI DI POMPEII
Dicas para conhecer sítios arqueológicos de Pompéia e Herculano Dicas para conhecer Pompéia e Herculano na Itália
Pompéia (ou Pompeii) fica a 22km de Napoli. Foi uma cidade Romana construída entre os séculos VI e VII a.E.C. e destruída pelos efeitos da grande erupção do vulcão Vesúvio no ano de 79 d.E.C. e, por fim, soterrada pelas cinzas da mesma erupção. Pelo que disseram por lá, a cidade ficava a beira mar, mas com a erupção do vulcão o mar foi afastado pelas cinzas.
A cidade foi reencontrada apenas no ano de 1749. As cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos intempéries do tempo, moldando inclusive o corpo das vítimas.
Hoje, chamado de Scavi di Pompei, é considerada patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO e recebe cerca de 2,5 milhões de turistas por ano.
A viagem de Junho de 2011 (verão) surpreendeu: Eu realmente não esperava encontrar um lugar tão fortemente florido. Imaginava que seriam apenas ruínas, cinzas, mas o solo vulcânico é muito rico em minerais o que facilita o surgimento de vegetação. Em Janeiro de 2016 (inverno) a vegetação não deixou a desejar: sem flores, porém muito verde e uma temperatura muito boa para fazer todo o circuito que conseguimos.
Check List - compilado de dicas práticas para uma visita ao sítio arqueológico de Pompeii
Dica para chegar:
Vamos começar a falar como fazer para chegar lá. A partir de Napoli (a rota que a maioria das pessoas faz), você vai até a Stazione di Napoli Centrale e procura a plataforma dos trens da companhia Circumvesuviana (que são diferentes da Trenitalia - saiba que se você optar pela Trenitalia, vai parar em uma outra estação chamada "Pompei" e que fica muito longe da entrada principal do sítio arqueológico). Se você se perder e não achar a plataforma da Circumvesuviana, pergunte em alguma loja ou na bilheteria dentro da estação (cuidado com golpistas que trocam informação por $).O trem é simples e a viagem dura cerca de 40 minutos, se não me engano (detalhe nas fotos a seguir). Tenha sempre o voucher (comprado pela internet) impresso com você ou o ticket validado porque um fiscal irá checar durante a viagem. A estação que você vai descer é a Pompeii Scavi e como orientação, saiba que a linha do trem correta possui como destino final a cidade de Sorrento (então será este o nome que você irá ler no topo do trem quando o mesmo chegar na sua plataforma).
Tempo médio de visita em Pompeii: de 4 a 6 horas (ou até quando você aguentar/quiser)
Alimentação: há apenas uma lanchonete lá dentro e poucas opções do lado de fora do sítio. Então leve água e lanche para facilitar a sua vida.
Informações:
Horário de funcionamento: no inverno das 09h-17h e verão das 09h-19h30. Fechado nos dias 1º de Janeiro, 25 de Dezembro e 1º de Maio.
Entrada: €18 - Há opção de compra integrado de Pompei, Herculaneum, Boscoreale, Oplontis e Stabiae - válido por 3 dias por €20.
Gratuidade: No primeiro Domingo de cada mês.
Caso você esteja indo para Pompeii em uma época de alta temporada, talvez valha a pena comprar o ingresso neste link da Tiqets porque, desta forma, quando você chegar lá, não precisará ficar na fila!
Saindo da estação Scavi di Pompeii não tem erro: a entrada para o sítio arqueológico é bem perto da porta da estação.
Também na porta do sítio você encontra um conjunto de lanchonetes e cafés e a dica é comprar água ou um lanche por lá, caso você não tenha levado. Lá dentro também tem, mas só uma lanchonete e, dependendo, poderá estar lotada de clientes.
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Dica para se localizar dentro do Scavi di Pompeii:
A cidade de Pompéia é grande... grande mesmo porque é uma cidade. Compramos os bilhetes e entramos conforme instruções e fomos andando meio que por "feeling". A minha dica é procurar na bilheteria se eles disponibilizam um mapa. Eu realmente não me atentei a isso e acabei me dando mal e passei por alguns lugares meio que sem saber. Se eles não disponibilizam um mapa, imprima um de forma antecipada. Sério... vai te ajudar a se localizar e otimizar a sua visita e aproveitar o máximo possível. Acesse o mapa clicando aqui.
A Visita:
Realmente o local está muito bem conservado e é muito grande, então vá sem pressa para poder caminhar por toda cidade. Você vai conseguir visualizar a estrutura completa de uma cidade romana, a arquitetura das casas, templos, fóruns... tudo é muito interessante e instrutivo. Há inclusive algumas pinturas ainda nas paredes externas, que eu acho que eram propagandas, mas muitos grafites e pichações eram comuns.
Há vários locais com grades para impedir o acesso das pessoas e algumas casas você não pode entrar.
Em alguns poucos pontos você vai encontrar bicas d'água, mas são poucas. Por isso que passo a dica de ir com a sua água ou com uma garrafinha para reabastecê-la (se achar as tais bicas).
Na viagem de 2016 estávamos em dois e como estava um agradável frio, não precisamos de muita água. Mas a viagem de 2011, no alto verão, exigiu muita hidratação. Vale lembrar que no inverno não havia muitas pessoas visitando o local, ao contrário do verão, que estava lotado. Dependendo do horário que você vai, não há muita sombra pra se esconder do sol, então cuidado. Use chapéus, protetor solar e etc.
Sem um mapa em mãos fica até difícil saber qual caminho ir. Se você estiver nesta situação, pergunte aos funcionários onde você pode priorizar a sua visita. Eles gostam muito de indicar logo de cara o Fórum.
Mas depois que você entrar na cidade, é possível que caia na Via dell Abbondanza. Indo reto à sua direita você vai achar o Fórum e à esquerda conjuntos de casas muito interessantes, com fachadas pintadas e uma parte que os arqueólogos trabalham.
Dentro do sítio arqueológico de Pompéia, você vai encontrar um restaurante-lanchonete para poder matar a sede depois de muito muito muito andar pela cidade (que é grande). Você consegue inclusive almoçar por lá.
Só usamos o banheiro porque havíamos levado lanches. Como falei anteriormente, era inverno e não havia muitos visitantes, então o atendimento era rápido na lanchonete e o uso do banheiro também foi rápido.
Não muito longe desta lanchonete há uma casa de visitação que funcionava como prostíbulo. Ainda hoje podemos ver nas paredes a decoração sugestiva do lugar. É bem pequeno e fica difícil conhecê-la, porque muitas pessoas entram lá ao memo tempo. Dá até pra ver as pequenas camas de pedra dos pequenos quartos. O povo de Pompéia devia ter uma estatura muito baixa, era tudo muito pequeno até pra mim.
Para os curiosos, saibam que Pompéia, bem como quase todas as cidades da época, possuíam diversos, senão centenas de prostíbulos. Cheguei a tomar conhecimento do número estimado destes estabelecimentos em Pompéia, mas acredita que eu esqueci? Na época os prostíbulos não eram interpretados como hoje em dia, e as atividades de lá eram consideradas até divinas.
Este recinto que visitamos era um dos que ainda tem telhado (ou pelo menos o restauraram). A maioria das construções estão sem telhados porque estes não resistiram ao peso dos detritos vulcânicos do Vesúvio.
Há casas muito espaçosas que podemos entrar e conferir a arquitetura romana. É bem interessante observar o tratamento que faziam para iluminar os aposentos com aberturas nos tetos e paredes. A luz é tão bonita que dá um tom de mistério enorme.
Para quem não sabe, Pompéia não foi atingida por lava vulcânica. Na época a população não tinha muito conhecimento aprofundado sobre o que era uma erupção e quando o Vesúvio começou a explodir, por esta falta de conhecimento e registros históricos anteriores, muitas pessoas ficaram na cidade. Algumas fugiram mas cerca de 2.000 pessoas ficaram e morreram. O Vesúvio jogou milhares de pedra-pomes na cidade que além de absorver a umidade do ar, dificultou algumas pessoas a abrirem as portas de suas casas para escaparem. Muitos acreditavam que a atividade vulcânica iria passar em poucas horas, mas aquela tarde fatídica foi fatal. Após um tempo, o peso das pedras pomes nos telhados acabou fazendo com que eles caíssem, matando muitas pessoas soterradas e depois de um tempo o vulcão expeliu cinzas quentes e teve duas explosões onde a onda de calor provocada acabo matando todos aqueles que ainda estavam vivos. A descoberta sobre a onda de calor foi concluída em 2020 por pesquisadores especializados através da análise forense nos restos mortais de alguns moradores de Pompei.
Aqueles que foram ajudar via mar os habitantes de Pompei também morreram sufocados ao se aproximarem da região. Como podemos ver, as pessoas realmente não tinham ideia sobre uma atividade vulcânica. Dizem que as pessoas da região achavam que o Vesúvio era uma montanha e não um vulcão. Até porque na época não havia uma palavra para "vulcão" em latim, por exemplo.
Sempre acreditaram que os que permaneceram em Pompei e que acabaram morrendo eram idosos e enfermos, porém, as pesquisas recentes de 2020 indicam que havia um mix de várias idades e condições de saúde, bem como diversas classes sociais. Os motivos que os fizeram ficar é que permanecerá um mistério.
Como estávamos sem um mapa, achei difícil entender algumas casas e alguns pontos. Por exemplo, vimos num espaço com grade, ossos que pareciam humanos. Mas não sei até hoje se eram reais ou réplicas. Não havia nada que explicasse a existência daquilo. Até porque eu achei muito abandonado.
Outro lugar que não obtive explicações foi um salão que mais parecia um templo, com esculturas de homens pequenos. Não tenho certeza o que acontecia por lá. Acho que vale a pena contratar uma visita guiada para poder entender mais sobre os edifícios.
O chão da cidade inteira é sinuoso, portanto, mulheres, não vão de salto alto. O melhor é ir de tênis!
Perto do Fórum há uma parte segregada coberta e trancada com grade de ferro. Lá dentro podemos ver inúmeros utensílios dos habitantes de lá. Talvez estão sendo catalogados ou simplesmente guardados. Não havia explicação clara a respeito. Mas no meio de todos os objetos, havia 3 "corpos" petrificados: um rapaz agachado meio que se protegendo, um bebê deitado e um cachorro (estes dois últimos dentro de aquários de vidro). Também não sei se eram reais ou réplicas. Mas sei que todos os corpos (cerca de 80) encontrados em Pompei foram protegidos com gesso para que a forma dos corpos ficasse preservada para sempre. Por isso que quando você vê um corpo, ele parece de gesso puro.
Sei também que há pouco tempo atrás, transferiram todos os corpos a uma sala expositiva dentro do sítio arqueológico de Pompéia. Infelizmente não encontramos a sala aberta.
A casa abaixo (à esquerda) era muito interessante porque tinha um mosaico muito bonito no chão. Infelizmente ela estava fechada para visitação. Podemos notar que algumas possuíam dois andares, e justamente estas estavam fechadas ao público.
Fique nas tabernas que existiam por lá. A da foto abaixo (à direita) foi a taberna mais bonita. O balcão da taberna tinha uns furos que eu acho que eram para guardar coisas como dinheiro, comida, utensílios, etc.
Como disse, não conseguimos entrar no local onde estão os corpos mineralizados, mas se a dúvida pairar no ar de como eles ficaram com seus formatos do que jeito estão eis algumas explicações:
Foram encontrados quase mil restos mortais de pessoas e animais que acabaram ficando em Pompéia por motivos ainda desconhecidos. Quando o local foi "descoberto", acreditavam que os que ficaram eram enfermos, velhos e crianças "perdidas". Mas estudos recentes apontam que havia pessoas de todas as idades e condições de saúde. Engana-se quem acha que todos os quase mil restos mortais foram mineralizado. Somente algumas dezenas de corpos foram achados neste estado porque, devido ao local onde faleceram, as cinzas que caíram sobre seus corpos acabou "petrificando-os" mas isso não significa que os mumificaram. Os arqueólogos quando encontraram formas humanas petrificadas, notaram que não havia nada dentro, apenas seus ossos, então, para preservarem a forma de seus corpos como vemos hoje, aplicaram gesso (ou algo do tipo).
Outro local interessante é visitar o Anfiteatro que não é muito grande. Ao entrarmos, nos deparamos com uma estrutura de pirâmide construída a pouco tempo. Havia outros turistas que, como nós, reclamavam quanto a existência daquilo ali. Sem explicações, para variar, fomos embora com um ponto de interrogação na cabeça. Só depois que eu descobri que neste local, naquela pirâmide é que estavam os corpos. Mas de todo modo, estava fechado. Vale lembrar que o Pink Floyd fez um show neste local.
A paisagem é muito bonita, tendo o Vesúvio de um dos lados e montanhas de outro.
Acabamos até encontrando o cemitério de Pompéia, bem bucólico e misterioso, com umas esculturas interessantes! Mas apesar de toda a tragédia na cidade, este foi o único ponto que senti um certo arrepio esquisito...
Em Julho de 2011 estava um calor de 40ºC. O forte calor tornou o passeio muito cansativo e acabamos não indo até o Vesúvio.
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SCAVI DI HERCULANEUM
Fomos para o Scavi di Herculaneum, ou Sítio Arqueológico de Herculano, a partir da cidade de Salerno. Foi uma viagem um tanto demorada porque o trem era devagar e parava em diversas estações. Descemos na stazione Ercolano que não é a mais próxima do sítio arqueológico (ou seja, é uma estação diferente daqueles que vão para Herculano a partir de Nápoles), mas era o que tínhamos. A estação fica a beira mar e é um cenário interessante, porém, até chegarmos ao sítio arqueológico, a cidade se mostrou um pouco feia. Havia um paredão horroroso até chegarmos no topo da rua rumo ao sítio arqueológico.
Aproveitamos e paramos em uma confeitaria bem antiga e mal cuidada. Comemos um svogliatella (doce folheado) que estava muito bom. O mais engraçado é que o lugar era tão mal cuidado, não tinham doces nas bancadas e enfim... em um outro post até escrevi que mais parecia uma pasticceria de fachada para lavagem de dinheiro rsrsrsrs. Mas isso é uma piada, lógico!
Voltando à rua, não havia sinalização para nos orientarmos quanto à localização de Herculano e fomos perguntando para todos na rua e olhando no Google Maps no celular.
Se você está em Nápoles é só pegar o mesmo trem que vai a Pompéia (veja no quadro cinza no topo da página).
Herculano foi escavada antes de Pompéia. Pelo o que entendi, a cidade moderna acabou avançando até demais no entorno do sítio arqueológico e com certeza muito da antiga cidade está abaixo da atual cidade.
Quando você entra no sítio arqueológico já dá pra ter uma noção de como vai ser a sua visita porque a entrada fica num terreno mais alto do chão da antiga cidade de Herculano.
Para quem foi antes a Pompéia, vai perceber uma cidade bem menor. Depois que você comprar o ingresso na bilheteria, tire uma foto do mapa da cidade. Eles não o disponibilizam. De qualquer forma, sugiro você levar o seu impresso de casa. Você passa pela catraca e encontrará dois pequenos museus. Um deles estava fechado, mas o outro mostra um pouco da história das últimas horas dos moradores da cidade e dela própria. Também mostra alguns objetos encontrados, chamuscados pelo calor intenso do Vesúvio.
Herculaneum era uma cidade romana costeira e tinha como atividade principal a pesca. Possui este nome porque, conforme conta a lenda, a cidade foi fundada no ano de 1243 a.E.C. por Hércules. Em um dos museus dentro do sítio, podemos ver um dos pequenos barcos encontrados nas escavações. Assim como Pompei, o mar foi afastado por conta dos inúmeros detritos e cinzas jogados pelo vulcão. Sei que naquela tarde fatídica, o povo de Herculaneum procurou abrigo perto do mar, mas foi em vão. O calor expelido foi como o calor de muitas bombas atômicas.
Quando você está na ponte de acesso à cidade, você percebe a quantidade de detritos expelidos pelo Vesuvio. Impressionante! Ver as fundações e os armazéns que davam para o mar lá embaixo, dá pra ter uma noção de como foi violenta a erupção!
A dica para irmos a Herculano foi de um conhecido que disse que o interessante da cidade é observar as casas de dois andares (mas você também vê exemplos deste tipo de arquitetura em Pompéia) e que, para aqueles que tem pouco tempo, há a possibilidade de conhecer cada entranha da cidade porque ela é pequena. Mas eu digo que o que diferencia Herculano de Pompeia é que aqui você tem a possibilidade de entrar em mais edifícios e realmente explorar o local.
Tive a sensação de que a famosa Pompéia realmente chama mais a atenção de visitantes do que Herculano, mas um fator grave pode estar influenciando as poucas visitas: faz um tempo que o sítio arqueológico entrou para a lista de "Patrimônio da Humanidade em perigo de Extinção". Isso porque a cidade ficou meio largada após ser desenterrada e vândalos entravam lá e depredavam o que viam. Infelizmente hoje podemos ver "pichações" (daquelas que utilizam objetos pontudos para riscar a parede). Deu muito aperto no coração ver a cidade tão depredada e nem foi culpa do vulcão, desta vez!
Herculano foi descrita em uma conferência Européia em Roma, em fevereiro de 2002, como "o pior caso do mundo de um sítio arqueológico extremamente decadente, sem guerra civil que o justificasse"!
Hoje podemos observar que há um relativo esforço para evitar novas depredações com limitação de acesso de pessoas da rua ao sítio e seguranças em algumas casas que você pode entrar. Mesmo assim ainda há muitos locais vazios onde qualquer um pode fazer o que quiser.
Apesar das depredações modernas, percebi muitos afrescos em Herculano (muito mais do que em Pompéia). Em uma das casas podemos ver um estrado de cama chamuscado pelo calor e em outra casa um mosaico traz o desenho de um pênis que era símbolo de fartura para os romanos da época.
Tudo com certeza era altamente ornado. Fico imaginando como ficavam os móveis disponíveis em cada cômodo e como os tempos áureos eram coloridos.
Uma das coisas mais legais de Herculano é poder ver as casas de dois andares. Não que em Pompéia não tenha, mas há muitas destas em Herculano que você pode entrar mas não pode subir para o andar superior. Desta forma, podemos apreciar imaginando como era o dia a dia do cidadão de lá. Adorei conhecer ainda mais a complexidade da arquitetura e engenharia romanas.
Também não sei por que os "azulejos" e mármores de Herculano foram muito bem preservados debaixo das cinzas do Vesúvio. Talvez porque a cidade era mais ornada com este tipo de material ou coisa do tipo. São minhas suposições.
Muito dos tetos vistos hoje nos sítios arqueológicos foram refeitos recentemente para ajudar a preservação das casas. Talvez a maior desgraça para a cidade seja a poluição e chuvas mais ácidas dos tempos modernos.
Chegando na parte inferior da cidade, descendo uma escada, é possível ver os armazéns que ficavam de frente ao mar. Na ocasião da erupção, as pessoas fugiram em direção ao mar e algumas se esconderam nos armazéns do porto. Foi tudo em vão. Todas morreram.
Quando chegamos lá havia esqueletos nestes armazéns e como não havia nenhuma explicação, ficamos sem saber se eram reais ou apenas uma representação daquilo que encontraram nas escavações. Perguntei a um funcionário e este me falou que eram reais. Mas tenho dúvidas porque vi uma rede daquelas que se faz a base de uma maquete... Real ou não a cena choca. Depois chequei a história e o cenário que montaram lá foi o que os arqueólogos encontraram, todos tentando se abrigar da erupção.
O fim da tarde chegou e fomos expulsos de Herculano (eles precisavam fechar o local porque era fim do expediente). O inverno de Janeiro de 2016 nos trouxe uma luz muito linda do mar e do Vesúvio. Foi lindo. Mas me preocupo por não ter visto o topo do Vesúvio coberto pela neve, como deveria ser nesta época do ano (mudanças climáticas estão visíveis). Ele é avermelhado, parece que está pronto a explodir a qualquer momento. Parece que até hoje ele treme um pouco, mas é quase imperceptível. Dizem que a tendência é ele entrar em atividade a cada 1.500 anos. Já passou do tempo disso acontecer de novo...
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Horário de funcionamento: 1° de Abril a 31 de Outubro todos os dias das 08h30-19h30. 1º de Novembro a 31 de Março todos os dias das 08h30-17h.
Fechado no dia 1º de Maio, 25 de Dezembro e 1º de Janeiro
Entrada: €13 - Há opção de compra integrado de Pompei, Herculaneum, Boscoreale, Oplontis e Stabiae - válido por 3 dias por €22.
Gratuidade: No primeiro Domingo de cada mês.
Há uma lanchonete dentro do Scavi.
Você pode fazer um passeio diferente em Herculano através deste tour com a Tiqets que está incluso o passeio em Erculano + MAV Museu Arqueológico Virtual de Herculano + Villa Campolieto + Entrada para conhecer a cratera do vulcão Vesúvio e tudo isso sem necessidade de ficar na fila. Para adquirir, clique aqui. O passeio não inclui o transporte, porém, você recebe desconto de:
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- 30% de desconto em transporte para o MAV, Herculano e a Villa Campolieto
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ATENÇÃO: Algumas informações descritas no blog podem mudar, como por exemplo, preços, horários de funcionamento e até mesmo endereços. Consulte sempre antes de ir! Não possuímos vínculos com as empresas, serviços e profissionais mencionados neste blog
Mais para conhecer:
Além de Pompeii e Herculaneum, outras cidades ao redor do Vesúvio foram soterradas: Oplontis, Estábia (ou Stabia), Boscoreale e Nucéria (ou Nocera), esta última eu acho que ainda não é aberto a visitação, não encontrei sites que indicassem isso. Para programar a sua visita, acesse o site oficial aqui.
O Mapa aqui embaixo possui uma mancha vermelha para você ter uma ideia do alcance da erupção do Vesúvio, diminuindo a potencia na Costiera Amalfitana, porém ainda deixando um rastro de destruição.
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