O Distrito da Consolação abrange inteiramente o Bairro da Consolação e grande parte dos bairros Higienópolis, Vila Buarque e Pacaembu, conectando o final da Avenida Paulista com o centro e a zona oeste e está a cada ano mudando com o avanço de muitas novas construções, principalmente residenciais. Apesar de ser um bairro pequeno, este post explora o encantador legado que sustenta.
DISTRITO DA CONSOLAÇÃO
CONSOLAÇÃO
Para mim o bairro da Consolação é a definição de "tão perto, tão longe", já que (geralmente) quanto mais próximos estamos de um lugar, parece que menos o conhecemos. Por anos vivi no bairro da Consolação e até então ele era um completo desconhecido para mim. E bem no momento que me propus conhecer mais o bairro, o staff do Estação História me mandou uma mensagem sobre o tour exatamente na Consolação! Coincidência ou não, não pensei duas vezes e me lancei neste passeio guiado de 3 horas de duração (mas que no final virou quase 5 horas).
O condutor do tour é o Marcos, historiador credenciado como guia turístico e se aprofunda muito nos detalhes, o que para mim, foi mais do que ótimo.
Largo da Memória
O tour inicia partindo do metrô Anhangabaú e se dirige ao Largo da Memória que eu confesso nunca ter visitado antes. Somos tão condicionados a ter medo de andar pelo centro de SP que acabamos nem percebendo as preciosidades que existem nele.
O largo acabou sendo criado de forma natural, por seu desenho topográfico de forma triangular, e tinha uma bica d'água que era muito útil para tropeiros que passavam com suas mercadorias e mulas (pelo caminho de Pinheiros chegando a Itú e Sorocaba). Outros que se beneficiavam do local eram os comerciantes e moradores para o abastecimento de água das casas que começaram a serem instaladas por lá.
O local foi chamado de "Piques" e meio que marcou o início da urbanização da cidade sendo feitas as ruas ao seu redor para melhorar a passagem dos que transitavam por lá. Isso aconteceu no fim do período colonial e o largo abriga o primeiro e, portanto, mais antigo monumento de São Paulo, o Obelisco do Piques, inaugurado em 1814 por Vicente Gomes Pereira, conhecido como “Vicentinho”, um mestre de obras português. Depois foi construído o Chafariz do Piques, que possui um belo trabalho de azulejos no estilo português que conta a história do local, onde podemos ver escravos, comerciantes e tropeiros se beneficiando da bica d'água do local.
O nome "piques" ainda é controverso entre os historiadores, não chegando a uma conclusão da sua origem.
DISTRITO DA CONSOLAÇÃO
Em direção à Rua da Consolação, passamos pela "Rua do Paredão" como era denominada. O paredão de pedras foi feito para conter o barranco que havia alí. Anos mais tarde a rua foi renomeada como Rua Quirino de Andrade.
Biblioteca Mário de Andrade
A Biblioteca Mário de Andrade (BMA) foi a primeira e é a principal biblioteca pública da cidade, fundada em 1925 em um edifício considerado um dos marcos arquitetônicos do estilo art déco na cidade projetado pelo arquiteto francês Jacques Pilon.
Ela é também considerada o segundo maior acervo documental e bibliográfico do país (atrás somente da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro), sendo o órgão depositário de todos registros histórico-culturais da cidade de São Paulo. O acervo conta com aproximadamente 3,3 milhões de títulos, cobrindo todas as áreas do conhecimento humano, e conserva um amplo conjunto de incunábulos, manuscritos, brasiliana, gravuras, mapas e outras obras raras, majoritariamente produzidas entre os séculos XV e XIX.
Infelizmente não passamos do hall de entrada, porque, pelo o que entendi, é necessário fazer o cadastro para entrar nela.
DISTRITO DA CONSOLAÇÃO
Apesar de pouco imersiva a visita na biblioteca, tivemos a oportunidade de conhecer a obra de arte da artista Regina Silveira que é na calçada da biblioteca. Trata-se de um mosaico em porcelanato intitulado "Paraler" e se estende como se fosse uma tapeçaria em ponto-cruz ao longo de 1.000 m² entre a esquina da Rua da Consolação com a avenida São Luís. São quase dois milhões de placas de porcelanato que foram utilizadas para formar a palavra “biblioteca” em doze idiomas e foi instalado lá no final de 2015. Infelizmente algumas placas estão quebradas, mas adorei ver e pisar na obra.
O Bairro da Consolação sempre teve a arte como referência, principalmente porque, com o avanço da urbanização da cidade começando pelo centro, muitos ingleses, alemães e franceses se instalaram por estas bandas. Tanto imigrantes quanto profissionais que foram trabalhar na mudança urbanística da cidade. Com eles a necessidade de ter mais espaços culturais vieram a tira colo.
Com isso muitos artistas acabaram se instalando também por lá, visto que a demanda por arte estava crescendo e estabelecimentos como os da Rua Marquês de Itu que acabou sendo referência de "rua dos suprimentos artísticos" começaram a surgir. Claro que outras frentes artísticas também chegaram por lá: atores, músicos, etc.
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Hotel Jaraguá
Hoje pertencente à empresa multinacional francesa do ramo hoteleiro Accor, o Hotel Jaraguá foi construído em 1948 e inaugurado em 1954 onde, inicialmente, iria abrigar do 1º ao 8º andar o jornal O Estado de São Paulo, a Rádio e o Estúdio Eldorado, e os demais pavimentos seriam alugados para escritórios. Entretanto, José Tjurs, experiente hoteleiro da época, se interessou pelos espaços restantes e instalou o Hotel Jaraguá do 9º ao 23º andar.
Na língua tupi a palavra Jaraguá significa “Senhor do Vale”, algo que inspirou muito os primeiros proprietários do hotel, que associaram o nome ao que seria o ponto mais alto da hotelaria. E ele começou suas atividades já chamando a atenção, visto que abrigou o 1º Festival Internacional de Cinema, tornando-se um reduto de intelectuais e artistas de renome internacional.
A partir daí, um número incontável de personalidades contribuiu para escrever a história do Jaraguá, e o hotel até tem umas fotos de alguns deles no piso térreo. Entre elas figuram Alain Delon, Ella Fitzgerald, Sophia Loren, Frederico Fellini, Brigitte Bardot, Louis Armstrong, a maravilhosa cantora francesa Edith Piaf, Tony Curtis, Ginger Rogers, Mick Jagger, Henry Ford II, rainha Elizabeth II, Robert Kennedy, o cosmonauta Yuri Gagarin, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Prestes Maia e o jornalista Carlos Lacerda, entre outros. Além disso, o prédio possui obras de arte relevantes como o mural externo de Di Cavalcanti e o interno pintado por Clóvis Graciano.
O hotel fechou as portas em 1998 quando hotéis internacionais se instalaram na cidade e o centro não era mais visto com bons olhos como destino para se hospedar.
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Estadão Bar e Lanches
Pertinho do hotel há o famoso e tradicional Estadão Bar e Lanches que vende o tradicional sanduíche de pernil de porco que é muito gostoso e vale a pena passar por lá. Eu já fui, mas nunca tirei fotos! Fica para a próxima visita ao bairro!
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BAIRRO DA CONSOLAÇÃO
Paróquia Nossa Senhora da Consolação e São João Batista
Mais conhecida como Igreja da Consolação, foi construída entre 1909 e 1959, com projeto do engenheiro alemão Maximilian Emil Hehl, no local onde havia uma igreja de 1799, no antigo "Caminho dos Pinheiros", hoje a Rua da Consolação. Sua arquitetura é uma mistura de bizantino, colonial e gótico.
Havia uma imagem esculpida em madeira da padroeira Nossa Senhora da Consolação mas ela foi transferida posteriormente para a Igreja Pátio do Colégio. A origem da escultura é desconhecida, mas diz a lenda que um padre agostiniano, que estava de viagem para Sorocaba, parou na capela para celebrar a missa, deixando a Nossa Senhora sobre o altar para mostrar sua devoção. Hoje a imagem está no Museu de Arte Sacra de SP, no Bom Retiro.
No final do século XVIII a cidade passou pelas epidemias da doença de Hansen e cólera e na ocasião a igreja abrigou e tratou as vítimas em 30 leitos improvisados no pátio. Tais atividades foram reconhecidas pela Santa Casa de Misericórdia, e depois a igreja foi elevada a condição de paróquia.
Foi a partir desses episódios de epidemias que a Câmara Municipal finalmente começou a pensar na construção de um cemitério público, o que viria a ser futuramente o Cemitério da Consolação, evitando assim o sepultamento dos corpos no interior das igrejas, como era comum na época, o que trazia a proliferação de doenças, como já alertavam os higienistas da época.
A igreja é ricamente ornada e dentre os interesses artísticos, podemos destacar:
- Altar-mór: feito de carvalho, mármore branco e bronze, foi encomendado na Maison Forest de Paris
- Carrilhão de cinco sinos: o maior em Dó Sustenido, pesando 2 toneladas chamado de Consolatrix; os médios em Fá (Santana) e em Sol Sustenido (São João Batista), e o menor em Lá Sustenido (Santos Anjos)
- Relógio: construído pela inglesa J.B.K., a mesma que construiu o famoso Big Ben de Londres.
- Vitrais coloridos feitos de chumbo e vidro (45 no total): feita pela Casa Conrado (foi o primeiro ateliê de vitrais do Brasil, fundado em 1889 pelo imigrante alemão Conrado Sorgenicht - estabelecido em São Paulo)
- Ladrilhos hidráulicos em mosaico: importados de Hamburgo, Alemanha
- Mármores que desenham a fachada da igreja: de Carrara (Itália)
- Órgão encomendado em Nápoles, Itália
- Lustre central de 5 metros de diâmetro: feito em ferro batido, trabalho artístico característico do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo
- Porta da entrada: trabalhada em ferro forjado batido, criação de três artífices – dois portugueses e um espanhol – serralheiros, que se dedicaram à obra durante 8 meses, em 1930
- Pintura acima do altar-mor: de Edmundo Cagni, representando a glória de Nossa Senhora. Há também uma série de anjos segurando medalhões, cada um deles representando um sacramento (expressão bizantina)
- Pintura na cúpula: de Hans Bauer que cobriu os 500 metros quadrados da cúpula representando a Assunção da Senhora e a da Anunciação da Virgem.
- Telas que circundam o altar-mór: "A Natividade do Senhor", "A Descida da Cruz" e a "Visita a Santa Isabel": obras de Oscar Pereira da Silva, 1926
- "A Santa Ceia": de Oscar Pereira da Silva, 1926
- Mural da parede externa da sacristia: "Anchieta e os Índios" de Oscar Pereira da Silva, 1926
- Telas na capela do Santíssimo: "São Tarcísio", "São Tomaz de Aquino", "São Boaventura", "Santa Clara" e duas cenas dos "Discípulo de Emaús": Benedito Calixto, 1918.
- Acima do arco de entrada as figuras dos Apóstolos em mármore: Willian Zadig.
- Dois Anjos (pinturas murais) que decoram a laterais junto à entrada: Sandino Manzini
- Pintura mural "Os Reis Magos": Manzini Sandro
- Pinturas que decoram os altares laterais: "Fuga para o Egito", "São José" e "o Menino" e "A Morte de São José" de Arnaldo Mecozzi, 1918.
Informações sobre as obras da paróquia consultadas no Portal Artes.
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Praça Roosevelt
O projeto da praça foi lançado nos anos 1960 na gestão do prefeito da cidade, José Vicente Faria Lima. A ideia era construir no local uma praça com um grande conjunto arquitetônico que deveria incluir um centro cultural com auditório para duas mil pessoas e um conjunto educacional.
Por incrível que pareça, o projeto selecionado foi realizado pelo paisagista Roberto Coelho Cardozo, um português radicado no Brasil e professor de paisagismo na FAUUSP. Digo desta forma porque de paisagismo não havia lá muita coisa, mas sim duas grandes estruturas de concreto. O estranhamento foi logo percebido por todos e muito criticado, sendo chamado na época de "monstrengo arquitetônico", aliás, Paulo Mendes da Rocha, então presidente da sede paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil declarou na época: "A Praça Roosevelt é um bom exemplo do que nunca deve ser uma praça.".
Eu nasci e cresci sabendo que a Praça Roosevelt era perigosa e marginalizada, portanto, nunca cogitei visitá-la e isso servia de barreira física para conhecer o bairro da Consolação, porém eu já sabia que de uns 10 anos para cá, as coisas já estavam mudando para melhor, graças aos bares, happy hour e baladas.
BAIRRO DA CONSOLAÇÃO
A praça hoje, apesar de ainda não possuir quase nenhum verde, virou reduto de skatistas e há policiamento. Vale a pena visitar à noite, passando no Vinil Retrô que é uma tabacaria e cafeteria que está lá desde 1968 e oferece refeições no almoço e jantar, além de bares como O Candeeiro e o Mr. Cult.
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Bologna
Quando foi inaugurada por Antônio Trombetti em 1925, a Bologna era uma mercearia e um bar no bairro do Brás. Depois mudou para o Vale do Anhangabaú em 1932 e virou um restaurante. A partir de 1957 mudou para a rua Augusta e virou uma rotisserie que, por muitas vezes, também era chamada de confeitaria Bologna. A partir de 2011 virou padaria, restaurante, lanchonete e pizzaria.
BAIRRO DA CONSOLAÇÃO
O local possui deliciosos gelatos bem no estilo italianos e as iguarias paulistanas que amamos como coxinha, empadas, pães recheados (que o paulistano chama de "salgados") e o mineiro pão de queijo. Aliás, a coxinha tem um bom tamanho e é deliciosa, bem quentinha! Peça com a pimenta da casa, que é saborosa!
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Sorvetes Soroko
Do ladinho da Bologna tem os deliciosos sorvetes do Soroko que são bem simples, mas muito saborosos e diversos sabores que você não encontra em nenhum lugar na cidade! Funciona no estilo self service / buffet e há mesas com cadeiras para você tomar o seu sorvete na tranquilidade.
O atendimento é muito carismático e o local possui álcool gel em todas as mesas e luvas descartáveis para pegar nas colheres de sorvetes. O ambiente parece um túnel do tempo direto aos anos 80, amei!
Ao lado há a cantina Piolin! que o blog Família Viagem me indicou num comentário pelo Instagram.
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Parque Augusta
Inaugurado em 2021, o Parque Augusta passou por muitas transformações e esperou muito para se tornar o que é hoje.
A história do local começou em 1902, com a construção do Palacete Uchoa em estilo art nouveau, quando a região ainda era de chácaras. Mas a família Uchôa morou pouco tempo no palacete, tendo vendido-o já em 1906 para as Cônegas de Santo Agostinho que lá fizeram o palacete de colégio, o famoso Colégio Des Oiseaux. O complexo incluía os jardins, frontais e laterais, mais comumente chamado de bosque, um cantinho preservando a Mata Atlântica.
O prédio foi demolido em 1974 para a construção de um empreendimento hoteleiro que depois foi desativado, mas as antigas fundações do palacete são ainda visíveis hoje. O terreno foi transformado em estacionamento e, na década de 80, houve apresentações de diversas bandas de rock como parte de uma iniciativa da prefeitura.
A partir de 94 algumas iniciativas pediram o tombamento do local que só saiu em 2004 pelo Conpresp - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo. A partir daí já começou um movimento para transformar o local em parque.
O projeto do parque até sair do mundo das ideias passou por muitos desafios que, para o texto não ficar moroso, hoje é administrado por iniciativa privada que, em 2023 passará a ser administrado pela prefeitura. Atualmente possui local de redário (você lava sua rede e fica lá deitadão), cachorródromo, playground, trilha para caminhadas e corrida, arquibancada e palco para shows, áreas sombreadas e descampados, sanitários públicos.
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O portal de entrada na rua Caio Padro, original do palacete, foi restaurado, bem como a Casa das Araras, que vai abrigar atividades educativas e exposições. Foi feito um levantamento da fauna que indica a existência de 21 espécies de aves silvestres. O bosque é formado por dezenas de espécies nativas ou exóticas (plantas de outros continentes do mundo), tudo isso em 23 mil metros de área e fica entre as ruas Augusta, Consolação, Caio Prado e Marquês de Paranaguá.
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Rua Avanhandava
A charmosa Rua Avanhandava é assim hoje porque o empresário Walter Mancini aproveitou a desvalorização do centro e investiu em imóveis na rua, revitalizando-a com seus charmosos restaurantes, sendo o primeiro a dar origem à fama da rua, o Famiglia Mancini. Ele fez reformas nos imóveis e até na calçada, além de instalar dois famosos chafarizes nela.
A decoração da cantina Famiglia Mancini é peculiar e famosa, mas ela foi criada por acaso: dizem que, devido às limitações financeiras, para realizar uma decoração da cantina, Walter usou sua criatividade, criando salames feitos de gesso, garrafas de vinho preenchidas com groselha, adicionou quadros de sua casa criando um ambiente único na cidade.
Além da cantina, você pode conhecer outros 4 restaurantes dele: Pizzaria Walter Mancini, Madreperola, O Palco e o Novo Walter Restaurante
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Museu Judaico
O Museu Judaico de São Paulo fica dentro da antiga sinagoga Sinagoga Beth-El, projetada e construída por Samuel Roder entre 1927 e 1932, em estilo bizantino. Tornou-se museu quando, em 2004, a Congregação Israelita Ashkenazi de São Paulo doou o edifício para a AMJSP (Associação dos Amigos do Museu Judaico no Estado de São Paulo), que recorreu a fundos de investimentos (como BNDES) e doações para instalar o museu.
O prédio é tombado pelo Conpresp - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo desde 2013 e o museu conta com um acervo de 2 mil itens catalogados, incluindo objetos e documentos que contam a história dos judeus no Brasil, sendo muitos dos itens doados por famílias da comunidade judaica.
O museu possui 4 andares com alguns itens imersivos aos visitantes. São necessárias cerca de 3-5 horas para visitá-lo com calma, passando por todos os seus 4 andares, sala de exposições temporárias e além do café.
O museu fica aberto de terça a domingo das 10h-9h e a entrada é paga, somente aos sábado é gratuita, mas é necessário acessar o site para reservar seu ingresso mesmo no sábado. Fica na Rua Martinho Prado, 128.
BAIRRO DA CONSOLAÇÃO
Como dito, o tour abrangeu uma parte do bairro da Consolação e em uma oportunidade, haverá a parte 2 abrangendo o outro lado da Rua da Consolação que faz parte do Distrito da Consolação, tendo os seguintes pontos de interesse:
- Mackenzie
- Cemitério da Consolação
- bairro Higienópolis
- Parque Buenos Aires
- bairro Vila Buarque
- Santa Casa
- bairro Pacaembú
- Estádio do Pacaembu e o Museu do Futebol
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Conhecer estes pontos levou 5 horas. Claro que eu vou voltar ao Museu Judaico porque a minha visita foi pífia e o museu merece toda a minha atenção. Vou voltar quando estiver mais disposta, não colocando-o como ponto final de um passeio.
Então volte a esta página porque haverá mais pontos turísticos do Distrito da Consolação para contar e apresentar neste blog!
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VILA BUARQUE
Bem na divisa entre a República e Higienópolis, tudo no centro de São Paulo, fica o bairro de Vila Buarque que é referência para artistas comprarem insumos para suas criações, já que há uma rua onde parte dela só há lojas de artigos para artes. Esta é a Rua Marquês de Itu.
O bairro sempre foi meio sisudo e com cara agressiva e um dos fatores que o fez ficar assim é devido à construção da Via Elevado Presidente João Goulart, conhecido como Minhocão, inaugurado em 1971. São apenas 3,5km de muita discussão que é pano pra manga pra outra matéria.
Além destas particularidades, o bairro anda abrigando estabelecimentos diferente a tanto caos nestes últimos tempos e destaco dois:
Jardim do Centro e Plantas (fechado permanentemente)
É uma cafeteria descolada com decoração retrô brasileira dos anos 50 e aproximado e que usa e abusa de plantas muito encontradas em climas subtropicais. A cafeteria oferece boas opções de salgados e opções doces. Confesso que fui mais por causa do brownie de chocolate que uma vez me indicaram se tratar do melhor da cidade. Mas chegando lá, me deparei com um ambiente bem descontraído e gostoso, um convite a ficar.
A decoração com elementos bem brasileiros me animou ainda mais, algo muito difícil de se encontrar por aí, já que o "vintage" que vem na cabeça da maioria das pessoas remete ao vintage americano.
Comemos uma empada de camarão divina e um quibe sem carne e com abóbora muito deliciosos! E lógico, o brownie que e muito bom, porém é um tipo de doce pra levar pra casa e comer só quando chegar lá, porque ele vem bem gelado e duro, ou seja, deve-se esperar para atingir a temperatura ambiente antes de comer.
Tomamos um chá completamente inusitado de cafeína e maçã que nunca havia visto na cidade! Gostamos de tudo mas o atendimento do dia estava meio confuso, apesar da casa vazia. O local ainda possui uma sala de coworking mas não cheguei a visitar.
Endereço: Rua General Jardim, 494
Cada item custou cerca de R$10,00 (dados para Fevereiro/2020). Consulte nas redes sociais da casa os horários de funcionamento!
Éclair Moi
A parte da rua onde fica o Jardin do Centro é tranquila mas se compararmos a região da rua onde fica a Éclair Moi você acaba pensando duas vezes se realmente que ir até lá. Mas você vai e dá tudo certo. Quando entramos na loja foi até engraçado porque estava tocando a música "Somewhere over the Rainbow" e não havia música mais compatível com o momento: acabamos saindo de um local cinzento e incerto e entramos para um mundo colorido e doce. Apesar da loja ter uma decoração que mais me lembrou uma perfumaria no seu preto e branco, o colorido dos doces deu aquela alegria.
A especialidade da casa são as éclairs ao estilo francês que por aqui foram adaptadas e renomeadas como "bombas" nas padarias paulistanas. Eu gostei mas achei muito pequeno e o sabor não ficou marcante na minha memória.. Comparados aos que comi na França, percebo a injustiça já que os insumos são diferentes, mas comparando aos de padaria, sim, são melhores, porém mais caros e 3 vezes menores.
O café espresso eu achei ruim, parece até que reutilizaram a borra de café. O cappuccino gelado estava bom e bonito. Matei minha curiosidade mas certamente não tenho motivos suficientes para voltar.
Endereço: Rua Gen. Jardim, 277
Uma éclair custou cerca de R$12,00 (dados para Fevereiro/2020). Consulte nas redes sociais da casa os horários de funcionamento!
Sorveteria do Centro
Quando estiver no bairro da Vila Buarque, experimente um dos deliciosos sorvetes da Sorveteria do Centro. Fica na Rua Epitácio Pessoa, 94 e foi aberta em 2018, quando Jefferson Rueda, dono do restaurante Hot Pork, resolveu abrir a sorveteria com o mesmo conceito do seu restaurante: comida sem conservantes e aditivos.
A sorveteria é pequena, com poucas cadeiras na calçada para quem precisa comer o sorvete sentado. Existe o sorbet de frutas e o soft, todos no cone de biscoito que também é muito bom!
Geralmente a sorveteria trabalha com sabores a depender da sazonalidade dos produtos, então o menu pode mudar! Eu pedi o sorvete de caramelo salgado com pururuca de porco e bacon, visto que como a sorveteria meio do dono do Hot Pork, nada mais propício do que me manter no tema do porco.
Pode parecer bizarro, mas a combinação é fantástica, sobretudo para quem ama caramelo salgado. Outros podem achar que se trata de uma casquinha de soverte soft igual do McDonald's, mas acredito que a matéria prima se diferencia, já que a proposta é ser sem conservantes e aditivos.
Eu amei, quero experimentar os sorbets na próxima vez!
Hot Pork
Dos mesmos donos da Sorveteria do Centro, a Hot Pork de Jefferson Rueda é uma pequena lanchonete que vende dois tipos de hot dogs: um de carne porco feito na casa e outro vegano. O valor de dois hot dogs é R$50 (USD 9.5) e há alguns acompanhamentos como batata chips deliciosas e sequinhas (USD 2.5), cervejas comerciais (como Heineken) e outras bebeidas.
Confesso que esperava um lanche um pouquinho maior, mas ele compensa pelo delicioso sabor que enche a boca com especiarias que não são tão invasivas e uma deliciosa salsicha de porco que cai muito bem na sua digestão. Me lembrou muito algo que eu comia m uma lanchonete de NYC, o Asia Dog (que não existe mais) porque as especiarias me levaram para a Ásia. Amei demais e comeria uns 3 de uma vez só.
Endereço: R. Bento Freitas, 454
Bia Hoi SP
Sempre quando fico sabendo que há algum restaurante vietnamita no meu itinerário, eu não consigo simplesmente passar reto e deixar pra lá, eu tenho que entrar e provar. E este, diferentemente de outros em São Paulo, traz a proposta de se rum PUB. O marido bebeu uma Martina IPA que estava muito boa, gosto levemente frutado e encorpada. Mas como já tínhamos comido, pedimos apenas um aperitivo e já digo... que aperitivo!
Comemos o Banh Bot Loc que é um dumpling bem glutinoso de polvilho recheado com carne de porco e camarão, acompanhado de um molho avinagrado com gengibre, alho, uma pimenta deliciosa e coentro. Caramba... que coisa deliciosa! Uma explosão agradável de sabores e texturas diferentes na boca!
O local é pequeno, ficamos no balcão mas é meio claustrofóbico ficar lá, entre os clientes e o vai e vem dos funcionários. Se estivéssemos nas mesas, ficaríamos mais tempo e comeríamos mais coisas. Do balcão vimos o preparo dos pratos e não era a cozinha mais limpa que eu vi com este conceito de cozinha aberta no salão dos clientes, mas vamos que vamos, não é mesmo? Apesar destes pontos de atenção, eu voltarei fácil! Mas quero me sentar em uma das mesas dentro da casa (há mesas na rua, mas como é o centro, não recomendo muito)
Endereço: R. Rego Freitas, 516
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ATENÇÃO: Algumas informações descritas no blog podem mudar, como por exemplo, preços, horários de funcionamento e até mesmo endereços. Consulte sempre antes de ir! Não possuímos vínculos com as empresas, serviços e profissionais mencionados neste blog
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