Neste post você vai encontrar algumas dicas do que fazer em 5 dias em Chicago no Illinois. O foco foi o lado mais turístico da cidade durante dias de outono bem gelado e com jogo do Chicago Bulls.
Fiz esta viagem quando fui visitar uma amiga em Milwaukee, no estado vizinho, o Winconsin. Para chegar lá, desci no aeroporto de Chicago no Illinois. Aliás, na página de Milwaukee eu falo como foi minha experiência de voar Copa Airlines com escala na Cidade do Panamá, e conto também sobre porque não peguei o vôo direto de São Paulo para Chicago e demais detalhes. Mas quando cheguei em Chicago, minha amiga estava me esperando, então não sei dar dicas de como se deslocar do aeroporto até o centro de Chicago, mas sei que há ônibus, metrô e opções de taxi.
Claro que cheguei no Outono e estava frio. De lá fomos até o Mitsuwa Marketplace que é um mercado com produtos predominantemente japoneses, mas com uma boa gama de outros produtos asiáticos. Além de mercado, possui uma pequena praça de alimentação com mais ou menos 8 restaurantes asiáticos. Comemos um ramen que era bem simples mas gostoso (sobretudo para quem não foi alimentado apropriadamente nos vôos da Copa).
Com este mercado comecei a suspeitar que Chicago possui uma comunidade grande de japoneses e nikkeis e esta percepção ficou comprovada ao longo dos meus dias por lá. Historicamente houve 3 ondas de imigração de japoneses para a cidade, sendo a primeira com apenas 300 pessoas na época do Columbian Exposition em 1899. O segundo e maior grupo tinha cerca de 30.000 pessoas que foram diretamente para Chicago a partir dos campos de concentração americanos após a Segunda Guerra Mundial. Chamados de "reassentados", eles criaram uma comunidade em torno de organizações de serviços sociais, igrejas budistas e cristãs e pequenas empresas. O terceiro grupo, mais recente, chegou em Chiacago na década de 1980, composto por cidadãos japoneses como artistas e estudantes, que acabaram ficando. Ainda existe um quarto grupo, os expatriados, composto por executivos japoneses e suas famílias que vivem na cidade por longos períodos e às vezes permanentemente.
United Center - Chicago Bulls vs Toronto Raptors
Uma das coisas que sempre quis fazer em Chicago, desde a adolescência, era ir a um jogo do Chicago Bulls e lá fomos nós em um dia muito, mas muito frio. Chegamos cedo e havia uma fila pequena, mas já passo a dica que não e possível entrar com câmeras grandes (mas quem mais as usa além de mim?) e nem bolsas grandes e/ou mochilas.
Eu não tinha noção de como seria um jogo da NBA, nunca havia sequer assistido na TV. E digo que é um bom espetáculo, algo completamente eletrizante do começo ao fim. O estádio ficou cheio de torcedores apaixonados e você imediatamente é envolvido por aquela agitação e energia. Impossível não entrar na mesma vibe. Eu também não imaginava que nos intervalos haveria tanto entretenimento.
O Chicago Bulls quase perdeu, mas virou literalmente no último milésimo de segundo, algo completamente insano!
Os americanos sabem como entreter e saí de lá entendendo porque o basketball é algo muito apreciado por eles, dado toda a adrenalina que presenciei e experimentei.
O jogo goi no United Center, ou seja, na casa do Chicago Bulls. Foi lá que eu experimentei o hot dog clássico de Chicago. O preço não foi algo absurdo e estava muito saboroso. A salsicha é feita com carne bovina (eu não como, mas tive que experimentar) e leva tomates e picles e pimentões em conserva. O pão tinha um pouco de sementes de papoulas e eu gostei muito do hot dog, dá uma impressão de estar mais comendo mais uma salada do que um hot dog em si. Na minha foto dá a impressão de que nem salsicha tem. Endereço: 1901 W Madison St, Chicago, IL 60612, EUA
Falando ainda no famoso hot dog, claro que eu tive que experimentar a do Portillo's que começou como um trailer em 1963 e logo depois virou sinônimo de Chicago, e muitos diziam que se você não for ao Portillo's, não conheceu Chicago. Além do hot dog qe é o carro chefe da casa do bairro River North (a quase 1km do meu hotel, portanto fui a pé), outros itens famosos por lá são o Italian Beef sandwich, a salada, batatas fritas com queijo, bolo de chocolate caseiro e o milk shake de bolo de chocolate (sim você leu corretamente). Eu não consegui comer nada além do hot dog e acabei não tendo tempo para os outros itens, mas recomendo fortemente. Endereço: 100 W Ontario St, Chicago, IL 60654, EUA
Magnificent Mile
Confesso que depois de anos sem planejar uma viagem internacional, perdi o jeitão da coisa. Comprei a passagem, quase não pesquisei nada e fui procurando hospedagem pelo preço. Em tempos de real ultra mega desvalorizado, qualquer bom preço é bem vindo. E foi pelo preço que acabei ficando no Warwick Allerton Hotel Chicago que fica na esquina com a N Michigan Avenue, justamente no bairro chamado Magnificent Mile. Reservei completamente sem saber que era o melhor lugar para me hospedar em Chicago.
Eu amei o hotel, parece hotel de filme, antigo mas muito bem conservado. Tem uma boa academia que me fez manter minha rotina de treinos e uma vista linda! Eu fiquei um pouco intrigada porque havia avaliações meio ruins, mas eu adorei demais o hotel, o staff é muito atencioso e simpático e o melhor, o hotel fica localizado em um ponto estratégico para fazer quase tudo a pé.
O Magnificent Mile é o mais conhecido e talvez o principal bairro comercial de Chicago, uma área vibrante e movimentada que será impossível você não incluir no seu roteiro para conhecer a cidade! É o bairro que abriga lojas de luxo, lojas de grife, restaurantes descolados e hotéis luxuosos. A sua via principal é a N Michigan Avenue e ao longo dela estão prédios famosos como a Chicago Water Tower, a neogótica Tribune Tower, o arranha-céu em terracota Wrigley Building e o John Hancock Center, de 100 andares onde as pessoas costumam ir até o seu deck de observação para curtir as vistas panorâmicas da cidade ou um jantar sofisticado.
Andei por diversas vezes a Michigan Avenue, mas um dos lugares que mais fui foi o Starbucks Reserve - Chicago Roastery. Parece ser algo banal, mas trata-se da maior loja da rede, visto que possui 4 mil metros quadrados espalhados entre seus 5 andares. Certamente uma das mais bonitas, deixa à mostra os maquinários de torra de cafés e o atendimento é diferenciado, bem como os itens que servem por lá.
O local possui 5 andares distribuídos da seguinte forma:
- 1º andar – Reserve Coffee Bar: Neste andar não há mesas e cadeiras, foi pensado em itens "to go", incluindo a lojinha com os itens bem exclusivos e caros. E tem o de sempre como bebidas e comidinhas diferentes das demais lojas. Neste andar é onde fica a máquina de torrefação.
- 2º andar – Princi Bakery & Cafe: Este foi o andar que mais frequentei, onde são oferecidas opções maravilhosas do padeiro italiano Rocco Princi. Comi duas vezes o tiramissú e comi uma espécie de sfogliata com presunto cru maravilhoso.
- 3º andar – Experiential Coffee Bar: Nos dias que eu estive por lá, estava fechado, mas parece que neste local você pode ter uma experiência imersiva, assistindo baristas preparando bebidas diferentes. Talvez estivesse fechado, porque só abriam à noite, oq ue faz mais sentido.
- 4º andar – Arriviamo Cocktail Bar: Como não fui à noite, não conheci este andar onde o foco são os drinks alcoólicos preparados com café
- 5º andar – Roof Terrace: E também não fui ao terraço, mas você pode aproveitar a vista da região do Magnificent Mile comendo algo gostoso.
Como disse no começo deste post, a comunidade nikkei em Chicago é expressiva, então a cidade possui bons ramen-yas espalhados por ela. E um deles foi o RAMEN-SAN Deluxe que fica próximo ao hotel. Existe outro Ramen-San, mas fomos neste pela logística. Acabei não comendo o ramen porque estava sem fome, mas minha amiga comeu e gostou muito. Eu fiquei nos gyozas, que estavam muito saborosos.
Deep Dish Pizza na Pizzeria Uno
Também fomos na tradicional Pizzeria Uno (que tem uma segunda casa chamada Pizeria Due) que diz ser a criadora da famosa pizza de Chicago, chamada de Deep Dish Pizza. O restaurante nasceu em 1943 quando Ike Sewell desenvolveu a tal Deep Dish Pizza com crosta amanteigada, borda alta como uma torta. O menu possui uns 8 tipos de pizzas, mas pedimos a mais tradicional da casa que leva salsicha de carne bovina, calabresa, cebola, pimentão, cogumelos, molho de tomate (que segundo eles é amadurecido na videira do próprio Uno), mussarela e queijo romano. Ela é bem recheada e, portanto, pesada. Cai como um tijolo no estômago. A massa não lembra a massa de pizza italiana, mas mais parece uma massa de biscoito aerado, não sei explicar. É gostosa e eu acho que vale a pena, mas para o meu paladar, a salsicha estraga a experiência e a textura da massa não me agrada muito. Mas os queijos, cogumelos e o molho, são divinos!.
Algo que não ignoro são donuts. Os mais famosos talvez sejam do Stan’s Donuts & Coffee. Acredito que Chicago não ligue muito para este pão doce, mas eu adoro demais. As lojas de Chicago são filiais da marca de Los Angeles, que pelo o que eu entendi só opera agora no Illinois. As lojas são bem estilo doceria rosa onde tudo pode ser gostoso. Possui dois caixas, um você pede a bebida e o outro algo para comer, é meio confuso. Comi um Boston (porque sempre vou pedir um deste) e outro dia de pistache. Estavam gostosos, acompanhados sempre com coffee latte, mas nada muito wow. Fui sempre no da 750 N Rush St, Chicago, IL 60611, EUA.
Outro doce para se comer na região do Magnificent Mille é a famosa pipoca Garrett Popcorn Shops. Ela ficou famosa porque parece que a apresentadora Oprah Winfrey certa vez comentou que é a sua pipoca favorita. Fui experimentar uma doce, de caramelo salgado com nóz pecã. Ela é bem amanteigada e pesada, a pipoca mais cara para se comer na vida, mas muito saborosa e enjoativa. Eu amo nóz pecã, por isso foi irresistível não fugir disso, mas depois ficava pensando se uma escolha salgada teria sido mais acertada. Endereço: 173 Michigan Ave, Chicago, IL 60601, EUA
Museum of Contemporary Art (MCA)
Shoreline Sightseeing Architecture River Tour
Antes de ir a Chicago comprei um Chicago City Pass para usufruir de 5 locais para visitação. É uma forma de economizar, em tempos de real ultra mega desvalorizado. O único problema é que um dos locais inclusos e sem possibilidade de troca é o Shedd Aquarium, que nada mais é do que confinamento animal, algo que eu não costumo incentivar, então no final usufrui de 4 locais sendo o Skydeck Chicago (que também era um dos locais sem direito a troca), Art Institute of Chicago, Field Museum e o Shoreline Sightseeing Architecture River Tour. Estão inclusos para escolha ainda: Museum of Science and Industry , 360 CHICAGO Observation Deck e o Adler Planetarium.
Para reservar o dia e horário, é bem simples e o local de saída do barco é bem fácil de chegar, na River Esplanade, descendo a Apple Store em frente à Tribune Tower. É impossível não saber onde fica após todos estas indicações de prédios fáceis de serem localizados.
O passeio começa pontualmente e é bem divertido. A guia turística tinha um excelente senso de humor e estava um dia lindo, após dias nublados. Parece até que foi providenciado para aquele dia! O tour é focado na arquitetura, foi proposital que eu quis fazer este passeio porque eu queria conhecer um pouco mais sobre a cidade neste ponto de vista. Foi interessante entender sobre os diferentes conceitos arquitetônicos e fase em que a cidade passou ou passa. Tivemos a sorte de vermos uma das pontes fechando e a guia nos disse que aquilo era bem difcil de ver, sobretudo quando se está no tour como aquele. Desta forma, deu para checar a arquitetura das pontes também.
Adorei conhecer a cidade neste ângulo, e com certeza eu não teria observado os prédios da mesma forma caso só fosse andar por lá na completa ignorância sobre eles. Todos passariam despercebidos e outros eu nem passaria perto.
O passeio dura cerca de 1 hora e te deixa no mesmo local de onde partiu.
Dicas para conhecer Chicago no Illinois
Chinatown
Eu queria ir para a Chinatown e portanto combinei com minha amiga de nos encontrarmos por lá, visto que eu estava indo a pé e ela de carro. Não achei que seria perigoso, mas sim... existem lugares em Chicago que é importante prestar atenção. Chinatown não é um local desses, mas para chegar até lá a pé, não recomendo. Tive que parar em um lugar e pedi para minha amiga me buscar. Li em uma reportagem que Chicago possui 701% de taxa de violência acima da taxa de violência do país inteiro. Claro que nesta triste estatística inclui diversos tipos de violência e não somente contra turistas, mas é um alerta a todos. Por isso que eu me limitei muito a andar somente em bairros turísticos.
Mas chegando finalmente no Chinatown, fomos direto ao Chiu Quon Bakery & Dim Sum que eu já tinha marcado na minha lista. Trata-se de uma padaria com doces e salgados chineses e até pastel de natas portugueses! Não comi este último, mas precisava experimentar o Wintermelon Baby Mooncake (um bolinho denso doce com um tipo de melão chinês dentro) e um BBQ Pork Bun (pãozinho fofo recheado com carne de porco). Eu ameeeei os dois quitutes que experimentei mas infelizmente não cabia mais nada no meu estômago. Endereço: 2253 S Wentworth Ave, Chicago, IL 60616, Estados Unidos
Mas saindo de lá fomos atrás de uma bebida tipo bubble tea e acabamos entrando no Afternoon and Twelve- Chinatown e pedi um cheio de sagu com coco e manga. Estava gostoso, mas eu estava cheia demais para uma bebida de comer.
A Chnatown é bem pequena, mas tinha muitos restaurantes convidativos. Ficamos muito curiosas com um que servia hot pot, algo que quero muito experimetar. Com o frio que estava fazendo por lá seria ideal, mas não havia mais espaço na barriga. Um dos que ficamos cobiçando na vitrine do restaurante foi o Happy Lamb, mas existe outros como o Laojiumen Hotpot Chicago 老九门火锅. Há também uma fusão culinária como o The Noodle Vietnamese & Thai Cuisine e o outro chinês Evergreen Restaurant. Já para outra opção de bubble tea, tente o Chatime & TTNoodle.
Monster Ramen
Ainda no assunto comida asiática mas longe da Chinatown, outro ramen que fomos está no ranking eleito como o melhor da cidade (avaliação de 2023) e desconfio que assim é classificado porque a especialidade deles é o ramen de carne bovina, então o caldo é de carne bovina também, algo muito diferente do clássico ramen japonês. O restaurante chama-se Monster Ramen e eu sei que nome do restaurante não é muito convidativo e ele fica bem afastado do grande polo turístico da cidade (no bairro Logan Square a 8km do hotel), mas vale muito a pena e lota rapidamente. Como qualquer outro ramen-ya, a casa é pequena e eu realmente fiquei surpresa como lotou rápido e depois fez uma fila de espera. Infelizmente não provei este ramen de carne bovina, fiquei com o único vegetariano da casa (miso yasai) que estava bom, mas considero o vegetariano do Jojo Ramen em São Paulo ainda o melhor (leia mais em Onde comer ótimos Ramens em São Paulo). Minha amiga comeu o de carne e achou muito, mas muito bom e já estava pensando no dia que iria voltar ao restaurante. Endereço: 2333 N Milwaukee Ave, Chicago, IL 60647, EUA
Skydeck
O Skydeck fica na Willis Tower e eu resolvi ir a pé. Não é longe, mas tive que me desviar do trajeto porque havia uma rua que me pareceu um tanto perigosa. Eu sempre achei que iria pegar o metrô de lá, sobretudo o metrô que não é subterrâneo. Eu adorava ver o metrô indo e vindo pelos trilhos da Wabash Avenue. Mas acabei sempre indo e vindo a pé ou estava de carro com minha amiga para estes locais mais afastados.
A Willis Tower foi construída em 1974 e foi a edificação mais alta dos Estados Unidos até 2014, quando a One World Trade Center de NY teve sua obra finalizada. O seu observatório ganha o nome de Skydeck e fica no 103.º andar, onde você pode observar a cidade a 412 metros de altura. Mas antes de você chegr lá em cima, há uma caminho bem interessante com uma exposição falando sobre o prédio e personagens importantes de Chicago, desde esportistas, atores e apresentadores, além de contar sobre a icônica comida de Chicago. Além disso, a exposição mostra um pouco sobre a história da cidade, do seu grande incêndio até os dias atuais. É bem bacana, o que faz o passeio e o valor do ingresso valerem a pena, porque chegar lá em cima fora de temporada é rápido e sem filas. Depois você dá um giro pelas janelas para olhar a cidade e a skyline E aí você parte para a principal atração que é o Ledge, que consiste em quatro caixas de vidro que se estendem para fora, permitindo aos visitantes sair da estrutura principal da torre e observar a cidade abaixo.
Eu tive sorte porque não havia longas filas. Mas quando é sua vez de entrar no Ledge, você só quer entrar e ficar lá contemplando, porém, a moça do staff te dá várias instruções como por exemplo, o que você deve e não deve fazer lá dentro, pede para você mostrar o pin que te deram na entrada, pede para olhar pra a câmera que está no topo do Ledge, eles tiram uma foto sua e eu nem entendi direito se ela pediu minha permissão para tal ação e que no final da visita você pode comprar a tal foto e depois disso tudo, finalmente fala que você terá somente 1 minuto e 30 segundos lá dentro................. pois é..........................
Por isso que ter tido a exposição inicial antes de pegar o elevador ameniza a loucura que é estar lá dentro. Dpeois que você passa pela Ledge, não tem como voltar para as janelas normais da torre. É um pouco frustrante, mas deve ser mais divertido estar lá com amigos. Eu fui sozinha.
Tanto a exposição quanto o Ledge foram inaurados em Abril de 2021. Endereço: 320 W Jackson Blvd
Art Institute of Chicago
O Art Institute of Chicago fica em um bairro chamado Loop. É muito fácil chegar lá e fica muito pertinho do Chicago Theater que é outro prédio icônico da cidade. Construído em 1921 e hoje é gerenciado pelo grupo do Madison Square Garden. Ele é um local de artes cênicas com 3.600 lugares para peças de teatro, shows de mágica, comédia, discursos, eventos esportivos e concertos de música popular.
Infelizmente não entrei no prédio porque não havia nada muito interessante para assistir, mas todos as luzes da sua fachada fascina demais! Impossível não passar na frente e não ficar hipnotizada igual a uma vespa por aquelas luzes.
Mas já digo que o seu entorno atrai muitas pessoas e principalmente turistas, então vá preparado para ter paciência para tirar fotos do local. Além disso, a rua é muito movimentada, o trânsito é intenso por lá, então também terá que ter uma paciência extra quanto a isso.
Mas eu estava falando sobre o Art Institute of Chicago, então volto a ele.
Eu acessei o museu através do Millenium Park, há um tipo de passarela de acesso e a caminhada é bem gostosa. Chegando ao museu, aquela empolgação de estar finalmente em um museu grande toma conta de você. Mas acho que minha expectativa estava mais alta... achei o museu pequeno. Eu não tinha pesquisado nada antecipadamente, mas sabia sobre algumas obras. Porém sempre tive a sensação de que ficaria lá dentro por horas, mas não... acho que em 3 horas consegui ver tudo com muita calma.
Eu tive sorte de ver uma exposição temporária da Camille Claudel. Conseguiram levar bons exemplares dela e, além disso, para complementar a sorte que eu tive, levaram duas obras de Caravaggio ("Marta e Maria Madalena" emprestado do Detroit Art Institute e "Os Trapaceiros" emprestado do Museu de Arte Kimbell do Texas)
O museu tem um apanhadinho de arte de vários lugares do planeta terra como arte romana, grega, asiática, egípcia, européia, contemporânea e moderna. Sobre a parte da arte moderna, apesar do frenesi que alguns podem ter ao visitar esta ala já pensando no filme Ferris Buller Day's Off, já falo que as obras de Picasso que aparecem no filme não estão dispostas igualmente na película e achei a ala mais chata. Ao longo de minha vida, percebi que não gosto de arte moderna, porém gosto dos impressionistas e lá a ala dedicada a estes artistas é bem promissora, recheada de Claude Monet. Mas o mais impactante é, calro, Van Gogh com o seu "Quarto em Arles".
Para quem não sabe, Van Gogh pintou 3 versões do "Quarto de Arles". A primeira versão feita em 1888 está no Van Gogh Museum em Amsterdan. A segunda versão é esta que está em Chicago e eu pude fotografar, e ela possui uma pintura com cores mais forte e o assoalho de madeira mais marcado (dizem que ele pintou esta versão a pedido do irmão, Theo, em Setembro de 1889). Já a terceira e última versão está no Museu D'Orsay em Paris e é uma versão menor do que as anteriores, e pelo o que se sabe, ele tentou arranjar uma composição melhor. Mas é possível notar diferenças nas 3 telas: os retratos mudam, a pintura na parede também, a disposição dos objetos na mesa e os demais itens também mudam.
Desta forma, meu objetivo de vida de ver as 3 telas se completou. Só tenho foto então desta segunda versão. Os demais locais proibiam fotografar.
Millennium Park
O Millennium Park foi construído em 1998 e inaugurado em 2004 totalizando 100 mil metros quadrados. Eu achei meio confuso como acessá-lo, no que se refere a encontrar uma entrada, mas no final deu certo.
Como eu estava em um Outono bem gelado, infelizmente muitos pontos turísticos passam por manutenções neste período e foi o que encontrei por lá. O acesso à obra de arte chamada Cloud Gate do brilhante Anish Kapoor estava interditada. Tirei uma foto entre a grade e, mesmo longe, me emocionei. A escultura foi resultado de um concurso de design e segundo o contrato de Kapoor, a peça construída deverá sobreviver por 1.000 anos. Feita de aço inoxidável, é polida todos os dias, bem como lavada com detergente porque todo mundo que passa por lá quer colocar a mão.
A Crown Fountain eu consegui ver e um dia com a projeção dos rostos e outro dia uma das fontes estava paralisada para manutenção. Esta obra é do artista espanhol Jaume Plensa e no verão é realmente uma fonte, já que sai água do monolito. Neles são projetados rostos de mil cidadãos de Chicago.
Vi de longe a Jay Pritzker Pavilion que é uma edificação em formato de concha acústica e sede da Grant Park Symphony Orchestra. A audiência geralmente senta no gramado para assistir às apresentações, algo como no Parque do Ibirapuera em São Paulo
Field Museum
O Field Museum é um museu de história natural e fica localizado no Grant Park e às margens do Lago Michigan. Eu fui a pé e, apesar de ser um jeito esquisito de acessá-lo, usa-se o bom senso para entender como chegar e depois as placas indicativas.
Lá você encontra coleções que incluem um grande leque de biodiversidade, gemas, meteoritos, fósseis, assim como ricas coleções antropológicas e artefatos culturais do mundo todo.
Ah, claro, se você quiser ver tudo no detalhe, chuto que levaria mais de 6 horas para realizar este feito. É muita informação por metro quadrado!
Navy Pier
Meu intuito ao ir até o Navy Pier era provar um sorvete da The Original Rainbow Cone. No frio? Sim, no frio. Mas infelizmente estava fechado, então acabei aproveitando que estava por lá e fiz a volta olímpica pelo gigantesco Pier de 1.010 metros de comprimento.
O que há para fazer por lá a não ser observar o horizonte e comer? Pois então, o local é repleto de restaurantes mas eu já estava cheia. Quando você o acessa pela sua direita, é onde irá encontrar tudo que precisa, dando a volta para retornar à cidade, pelo outro lado, não encontrará nada de interessante, nada mesmo... só verá as docas e o lado de trás dos restaurantes.... mas olhando para a cidade, ainda compensa um tiquinho estar lá.
Quem se animar pode ir na roda gigante, mas eu não fui procurar saber os detalhes.
Near North Side
Tarde demais acabei me aventurando no bairro Near North Side e me arrependo muito de não ter ido para lá no começo de meus dias em Chicago, porque me pareceu um bairro bem gostoso para curtir uma música, uma comida e por aí vai.
Mas quando descobri, apenas caminhei por lá e comi um lanche rápido no Velvet Taco que é uma rede de tacos, mas muito saboroso. Eles fazem uns tacos bem diferentes dos tradicionais mexicanos, algo completamente tex-mex, ou seja, adaptado ao público norte-americano. E como lá tem muito asiático, pedi um Korean fried rice que leva pulled pork cozido lentamente, com pimenta gochujang, arroz frito com ovo, aioli de red chile, cebola roxa, jalapenos, abacaxi grelhado, coentro e tortilla de farinha. Estava deliciosa, mas voltei outro dia e comi o Mexi-Cali shrimp que leva camarão grelhado, napa laminada (é um tipo de acelga), aioli de sriracha, avocado, milho pico tostado, broto de coentro, e tortilha de farinha... este estava divino! Endereço: 1110 N State St, Chicago, IL 60610, EUA
Mais lugares para conhecer:
- Certamente o Adler Planetarium seriu um lugar que eu iria caso tivesse mais tempo
- Também teria explorado o bairro de Pilsen para comer uns quitutes doces no Panaderia Nuevo Leon
- Na Little Italy iria no Al's #1 Italian Beef (apesar de eu não comer carne bovina)
- Eu também teria andando pela Fulton Market para conhecer o Time Out Market Chicago, o Ramen Takeya, o High Five Ramen e a doceria Girl & The Goat
- Queria ter tido mais espaço no estômago para conhecer a Lou Malnati's Pizzeria uma outra deep dish pizza tradicional de Chicago ou teria ido no Gibsons Bar & Steakhousena Near North Side.
dicas e sugestões e registros fotográficos e videográficos de itinerário de viagem, favor respei
Hospedagem:
Eu já elogiei no post o Warwick Allerton Chicago porque eu realmente fiquei impressionada de forma positiva. Valeu muito a pena, muito bem localizado e com bom preço, principalmente por se tartar da viagem mais cara que já fiz na vida.
Outro que pode ser uma boa opção é o Club Quarters Hotel Central Loop, Chicago que fica perto do Art Institute e tem um preço be convidativo e nota maior que o warwick que eu fiquei.
Pertinho de onde fiquei, está o Eurostars Magnificent Mile, e para quem que algo mais moderno pode optar pelo Loews Chicago Hotel, perto da Navy Pier.
ATENÇÃO: Algumas informações descritas no blog podem mudar, como por exemplo, preços, horários de funcionamento e até mesmo endereços. Consulte sempre antes de ir! Não possuímos vínculos com as empresas, serviços e profissionais mencionados neste blog
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