Dicas de Viagem a BUDAPESTE (Budapest) - capital da Hungria, cidade famosa por ser cortada pelo Rio Danúbio, cheia de histórias e descobertas nesta viagem.
No dia 14 de Set/13 saímos da estação Bratislava hl.st. (ou Bratislava hlavná stanica) na Eslováquia, rumo à estação Budapest-Keleti numa viagem sem escalas de 2h45. De cabo a rabo o tempo estava nublado e nos preocupando em relação à temperatura. Dito e feito: ao sairmos do trem, sentimos na plataforma coberta que estava um frio de rachar!
Para você que curte arquitetura como eu, ao atravessar o saguão da estação, preste atenção de como ele é harmonioso. Apesar de tímido, a decoração é bonita, nostálgica e parece aquelas estações de filme de época.
Saindo da estação percebi que a mesma estava em reforma e a chuva estava lá para nos acompanhar... Então, infelizmente não tirei fotos externas da estação, primeiro por causa da reforma que deixou o local caótico, segundo porque queria poupar a câmera da chuva.
Pegamos um taxi rumo ao hotel. O problema foi que, saindo correndo da estação (não por minha causa e muito menos pela minha vontade) não tiramos dinheiro local, os florints (Ft), e então pagamos a corrida em euros, acho que foi uns €30...
O mais bonitinho foi conversar com o taxista. Ele ficou preocupado em nos ver com tanto frio e nossas caras de espanto por causa da hipotermia, e então, nos tranquilizou, falando que "amanhã fará sol". Que notícia ótima, já que nosso roteiro contemplava 2 dias inteiros na cidade. E como ele disse, dia 15 de Setembro (o dia seguinte) fez um sol delicioso quase sem nuvens no céu (mas ainda estava ligeiramente frio).
Duas curiosidades: Você sabia que a Hungria é chamada de "Magyarország" pelos húngaros??? Pois é... eu sei lá por quê da "tradução" para "Hungria" ou "Hungary" ser tão diferente de "Magyarország". Particularmente acho que nome de coisas, lugares e pessoas deveriam ser na língua original para o mundo todo...
A chided de Budapest, incluindo as margens do rio Danube, o bairro do Buda Castle Quarter e a avenida Andrássy fazem parte da lista de Patrimônio Mundial pela UNESCO.
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O Florint
Uma coisa importante para entender: a moeda local é chamada de florim ou florint. A sigla para a moeda é "Ft" como eles mesmos usam, porém, você pode encontrar alguns sites e alguns aplicativos "convertores" de moeda indicando a siga "HUF".
Minha meta foi sempre gastar uns €100 por dia e para Budapest não seria diferente. Mesmo não tendo a noção de quanto custavam as coisas por lá, mantive este racional. Porém, os florints têm tantos números que na hora de sacar você pode se confundir! Nós, por exemplo, mais tarde, sacamos o equivalente a R$2.000 (!!!). Estávamos andando o dia inteiro com esta quantia nos bolsos, dá pra acreditar?
Vou ajudar você a entender. Vamos lá: R$308,85 = €100 = Ft29.683,01 R$441 = €100 = FT32.059,33
Agora deu pra entender como é fácil se confundir? Ainda mais num caixa eletrônico que não coloca os pontos ou vírgulas onde deveria colocar quando você digita... então, se erramos, dê um desconto, ok? (Internacionalmente, o nosso "ponto" é uma "vírgula" e vice versa).
E como você pode fazer para ter noção dos preços? Como faz para saber se algo é caro ou barato? Bem... a dica é muito simples: CALCULADORA NA MÃO. Em 2013 dava para ter um DE / PARA mais fácil para não usar a calculadora, mas com a desvalorização do real e a variação dos preços na Hungria, fica difícil indicar o mesmo racional no ano de 2019.
Tendo uma noção de valores:
- €10 = R$44 = Ft3.205
- €50 = R$220 = Ft16.029,67
Vale a pena deixar claro que a viagem ocorreu em Setembro de 2013. Neste momento, em Abril de 2019, estou revendo valores indicados aqui neste post e constatei que de lá para cá a variação é de aproximadamente +50%. Então considere que os valores daqui estarão 8,33% mais caros em 2020 e por assim vai.
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Nagycsarnok
Nagycsarnok significa "Grande Mercado" e é o maior mercado de alimentos de Budapeste desde que foi reformado em 1996. Desde então começou a atrair os turistas.
No andar de cima há barracas que vendem trajes populares, bonecas, ovos pintados, toalhas de mesa bordados, facas de caça esculpidos e assim por diante. Mas muita coisa 'made in china' também, o que, para mim, fez perder toda a graça de ficar lá.
Eu adoro conhecer os mercados das cidades que visito porque acredito que uma forma de conhecer o lugar, a cultura e as pessoas, é através da comida que eles consomem. Mas não a comida "gourmet", mas aquela do dia a dia, que o local faz em suas casas para si ou para a família.
Na verdade eu esperava mais do Nagycsarnok. Já tinha lido sobre e visto programas culinários onde o âncora do programa foi lá e enlouqueceu no meio da variedade de alimentos e guloseimas. Achei pequeno demais, com produtos muito repetidos de uma barraca para outra, frutas feias, enfim... talvez eu não tenha ido numa boa época. Mas de toda forma, também foi um jeito de conhecer um pouco mais sobre os moradores de Budapest.
O hit das barracas é a páprica, lógico. Uma guirlanda de páprica custa entre 400ft a 800ft, a mesma páprica em sacos de souvenires e latas de páprica em pó fica entre 790Ft e 1050Ft. A Hungria (Magyarország) é a maior produtora de páprica do mundo e considerada uma das melhores.
Dizem que os itens "must have" ficam no andar subterrâneo... não fui porque não sabia... então... dá uma passada lá e depois me contem??
Informações:
Horário de funcionamento: Seg-Sab das 09-16h
Endereço: IX Vámház körút 1-3
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Dohány Utcai Zsinagóga
A Dohány Utcai Zsinagóga é a Grande Sinagoga de Budapest. No sábado chegamos em um horário em que ela estava fechada (18h). Desta forma, voltamos no dia seguinte. Foi a primeira sinagoga que eu entrei na minha vida e, sinceramente, não imaginava o que iria encontrar. E me surpreendi! É muito bonito e apesar da riqueza dos detalhes, achei a atmosfera sóbria.
Ela foi construída entre os anos 1854-1859 em estilo romântico, combinando elementos neomouriscos e neobizantinos, pelos arquitetos Lajos Förster e Frigyes Feszl. Ela é considerada uma das maiores e a mais monumental da Europa, com capacidade para 3.000 pessoas no seu interior, e é onde não apenas judeus de Budapest, mas de todo o mundo se reúnem regularmente. Possui nove naves abobadadas decoradas com tijolos coloridos, azulejos e arabescos muito diferentes, e duas torres brilhantes, com cúpulas negras e douradas que se destacam prontamente para quem quer que passe por lá. Todas as torres incorporam quatro relógios oitocentistas.
Na parte interna o estilo predominante é a art déco misturado com um neobarroco. Possui candeeiros e um grande lustre nos tetos e as paredes são adornadas com imponentes arcos cobertos por detalhes minuciosos. O altar, brilhantemente planeado, foi construído em madeira e o centro é coberto pela célebre talha dourada. Há uma pequena cúpula branca, decorada com arabescos dourados que abriga o órgão.
Durante a 2ª Guerra Mundial, a Grande Sinagoga de Budapest sofreu graves danos e esteve em riscos de ser derrubada pelas tropas nazistas, mas felizmente foi recuperada.
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Quando você for visitar, não esqueça de ir na parte de trás da Sinagoga onde há o "Monumento aos Mártires Judeus da Hungria"(para os judeus húngaros que sacrificaram suas vidas pelo país durante a 1ª Guerra Mundial), um pequeno cemitério (Temető) e uma árvore de metal que parece um "salgueiro-chorão" onde cada uma de suas folhas possui o nome de um judeu assassinado pelo regime nazista, são cerca de 400 mil nomes (A holokauszt áldozatainak emlékműve)!
Você também vai ver uma pequena exposição dentro da Sinagoga contando histórias extraordinárias de pessoas que salvaram alguns judeus naquela época, como a de Giorgio Perlasca, um cônsul-geral italiano que liberou documentos de proteção e novos passaportes para os judeus em Budapest, salvando desta forma mais de 5mil pessoas.
Visitamos também o Museu Judaico que fica em um tipo de anexo da Sinagoga. Este museu foi construído em 1930, de acordo com o estilo arquitetônico da Sinagoga e anexado em 1931 ao principal edifício. Ele mantém a coleção histórica e religiosa judaica, uma coleção de relíquias religiosas, objetos para rituais do Shabat e dos feriados, além de uma sala sobre o Holocausto. Também foi a primeira vez que eu vi a olho nu os objetos dos rituais, pois, desde então, só os conhecia pela televisão.
No decorrer da visita, abrimos um longo bate papo com um funcionário do museu, um jovem senhor judeu de Budapest. Ele ficou tão empolgado com nossa curiosidade que nos deu uma super aula. Fatos absurdamente tristes foram explanados, mas prefiro manter em minha memória, não vou escrever sobre isso hoje, é triste, eu me afastei por um momento para chorar.
Informações:
Horários de funcionamento: Março a Outubro de domingo a quinta das 10-16h, sexta das 10-14h e sábado fechado. De Novembro a Fevereiro de domingo a quinta das 10-18h e sábado fechado.
Endereço: 1074 Budapest Dohány utca 2, Hungria
Entradas: FT4.500 (~€14) válido para a Sinagoga da Rua Dohány, o Museu Judaico Húngaro (Magyar Zsidó Múzeumba), as exposições temporárias na Adega (Pincében), a Igreja dos Heróis (Hősök templomába), o Parque Memorial Raoul Wallenberg (Raoul Wallenberg Emlékparkba), o armazém de pedra (kőtárba) e o túmulo da sinagoga (zsinagóga sírkertjébe). Crianças menores de 6 anos não pagam. Valor atualizado em Abril/2019
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Szent István Bazilika
Chegamos na Szent István Bazilika no momento em que era celebrado um casamento. Foi engraçado ver tantos turista s tirando fotos do casamento alheio... E como eu sou turista, lógico que tirei fotos! Olha a noiva saindo da igreja (foto à esquerda).
Esta é a Basílica de Santo Estêvão que juntamente com o Parlamento de Budapest, forma o par de edifícios mais altos da cidade (com 96m), e além disso é a maior igreja do país, tendo capacidade para 8.500 pessoas.
Começou a ser construída em 1851 no estilo neoclássico com planta em forma de cruz grega com 87m de comprimento por 55m de largura. Foi consagrada em 1905.
A fachada principal possui duas torres gêmeas que mais parecem campanários. Na sua torre direita está o maior e mais pesado sino do país (com 9 toneladas). O sino anterior, de 8 toneladas, foi fundido durante a 2ª Guerra Mundial.
Do alto da cúpula é possível ter uma bela vista da cidade e o rio Danubio que a divide. São 364 degraus que eu não tive a oportunidade de subi-los.
Na capela atrás do santuário está a relíquia mais importante da cristandade húngara: a múmia do rei Stephen I da Hungria, primeiro rei da Hungria e fundador da igreja da Hungria.
Não subimos na cúpula mas andamos no segundo nível e constatei que é uma igreja muito bonita e bem diferente das demais que conheci desde então. Ela tem muitos detalhes geométricos e com predominância do dourado e não possui excesso de imagens de santos.
Informações:
Horário de funcionamento: Seg-Sex das 9-17, Sáb das 09-13h e Dom das 13-17h
Entrada: Ft1.600 (cerca de €5)
Endereço: 1051 Budapest, Szent István tér 1
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Shoes on the Danube Promenade
A escultura "Shoes on the Danube Promenade" é um memorial concebido pelo diretor de filmes Can Togay e o escultor Pauer Gyula e fica aos pés do rio Danúbio. São cerca de 60 pares de sapatos de ferro modelados como os utilizados na década de 40 e homenageia os judeus que foram mortos por fascistas de Budapeste durante a 2ª Guerra Mundial. Antes de serem mortos, foram obrigados a tirarem os sapatos e, baleados, seus corpos caíram no rio e foram levados.
O motivo para deixarem os sapatos para trás: é que eram itens caros na época e, portanto, surrupiados pelos atiradores.
Apesar de ser um memorial de uma mancha negra e triste na história da cidade/país, não deixa de ser poético e ao mesmo tempo, chocante.
Fica no lado de Pest, bem em frente à Matyas Templom (que fica do lado Buda) onde esta localização, querendo ou não, dramatiza um pouco mais o que a escultura quis passar aos seus visitantes.
Naquele momento acabamos encontrando um grupo de idosos americanos que haviam desembarcado com o cruzeiro naquele ponto do rio Danúbio (muitas pessoas optam por este tipo de passeio). Eles eram muito divertidos, acolhedores e bem humorados. E ainda bem que o senhor mais empolgado tinha boa noção de fotografia, pois a foto que ele tirou da gente ficou simplesmente muito bem enquadrada.
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Budavári Palota
O Budavári Palota, literalmente Palácio Real de Buda é hoje um grande centro cultural e turístico e conhecido também como Magyar Nemzeti Galéria. Foi o castelo dos reis da Hungria.
Para subir lá pegamos o funicular a um preço de Ft350 (cerca de €2,5 valor do ano 2013, deve estar uns ~€5-€7 agora em 2019). Trata-se do valor de um "single ticket". Lá em cima você vê a imponente estátua de um pássaro gigante, é fantástico! Mas... não consegui tirar fotos, na lente da câmera captava apenas a silhueta da estátua porque o sol estava forte, e com a claridade, a câmera não conseguiu dar o contraste dos detalhes.
Sobre o castelo... o mais engraçado é que ele poderia ser um castelo medieval, porém com tantas indas e vindas na história dele, me pareceu ser um edifício amaldiçoado. O prédio inicial foi construído em 1410 e depois disso sofreu todo tipo de adversidades: teve suas fortificações reforçadas, foi reconstruído em estilo renascentista, estátuas foram adicionadas, teve outro palácio renascentista ao lado do pátio de Zsigmond, foi ocupado pelo exército otomano em 1526, foi saqueado, entrou em decadência, foi usado como armazém e estábulo e finalmente foi destruído durante o grande cerco de 1686, quando Buda foi capturada pelas forças cristãs aliadas. Fim. Acabou!
Bem, depois fizeram um novo prédio, foram ampliando, incluíram mais e mais anexos e chegou até a virar universidade e.... encurtando a história, foi seriamente danificado na 2ª Guerra Mundial, reformado, acabou não sendo mais a residência real a partir de 1945 e hoje abriga vários museus, como a Magyar Nemzeti Galéria (Galeria Nacional Húngara) e o Budapesti Történeti Múzeum (Museu da História de Budapest).
E pra manter a fama de ser um prédio amaldiçoado (diferente de assombrado, hein?), pelo menos para mim, no dia que fomos havia uma evento sobre bebidas... o pátio fabuloso do castelo estava cheio de barracas de madeira mal feitas com bebidas em exposição. Juro que eu não acreditei que não teria uma foto de lá sem aquelas barracas! Não dá pra acreditar né? Quem sabe um dia volto e faço fotos realmente decentes?
Mas para compensar, o museu tinha uma exposição temporária do Monet e Chagall, mas não era permitido fotografar (Monet estava lá com um dos quadros de Étretat).
Primeiro você anda em todas as salas para apreciar o acervo local. O prédio possui alguns atrativos em relação a iluminação e design mas busca mais o sóbrio do que o ousado. Lá você encontra: arte medieval e renascentista esculpida em pedra, pinturas de painéis e esculturas de madeira do período gótico, pinturas e esculturas do século 19, pinturas renascentistas e barrocas, realismo do fim do século e arte do século XX antes de 1945. Obviamente, a grande maioria das peças são de artistas húngaros, não deixe de conhecer József Koszta, os quadros das camponesas de sua autoria são belíssimos.
Informações:
Horário de funcionamento: Exceto segundas, das 10-18h
Entrada para Magyar Nemzeti Galéria: Acervo do museu + exposição temporária Ft2.800 (cerca de €8,70)
Permissão para fotos: paga à parte e deve custar ~€5 e exceto para exposição temporária.
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Mátyás Templom
Pertinho do Castelo, a Mátyás Templom é uma igreja católica romana originalmente construída em estilo românico em 1015. O prédio atual foi reconstruído em estilo gótico da segunda metade do século XIV e foi renovado no final do século XIX. Foi a segunda maior igreja medieval de Buda e a sétima maior igreja medieval do Reino da Hungria. Oficialmente nomeada como a "Igreja de Nossa Senhora" após o rei Matthias ordenar a transformação da sua torre sul.
A igreja foi palco de várias coroações, incluindo o de Carlos IV em 1916 (o último rei Habsburg). Foi também o local para dois casamentos do Rei Matthias (o primeiro com Catherine de Poděbrady e, após sua morte, com Beatriz de Nápoles). Durante o século e meio de ocupação turca, a grande maioria de seus tesouros eclesiásticos foram enviados para Pressburg (atual Bratislava) e após a captura de Buda em 1541, a igreja tornou-se a principal mesquita da cidade. Afrescos que antes adornavam as paredes do edifício foram cobertas de branco e o mobiliário de interior retirados.
Em 1686, durante o cerco de Buda pela Santa Liga, uma parede da igreja desabou devido a um tiro de canhão. Após a expulsão dos turcos naquele ano, foi feita uma tentativa para restaurar a igreja no estilo barroco, porém a tentativa foi insatisfatória. Somente no final do século XIX que o edifício recuperou muito de seu antigo esplendor. O arquiteto responsável por esse trabalho foi Frigyes Schulek. A igreja foi restaurada conforme sua planta original do século 13, e alguns dos primeiros elementos góticos foram descobertos e Schulek adicionou alguns novos motivos como as telhas em formato de diamante e gárgulas. Schulek garantiu que o trabalho, quando terminasse, seria altamente controverso.
É a casa do Eclesiástico Museu de Arte que começa na cripta medieval e leva até a Capela de St. Stephen. A galeria contém uma série de relíquias sagradas e esculturas de pedra medievais, juntamente com réplicas da coroa real húngara e jóias da coroação.
Abaixo você pode conferir algumas fotos que eu fiz do exterior dela. É uma igreja grande e alta, difícil de focalizá-la de forma decente. Possui realmente muitos detalhes, como o corvo com um anel no bico. Não encontrei em nenhum lugar o significado desta figura estar lá. Quem souber, me explica?
Vou falar um pouco mais sobre esta igreja. No começo do dia (domingo) ela estava fechada. Fiquei muito triste em pensar na possibilidade de não a conhecer por dentro. Mas tudo não passou de uma falha na comunicação. Os húngaros (guardinhas ou pessoal da bilheteria) simplesmente falavam "está fechada". Mas poderiam falar "está fechada agora e vai abrir somente 'x' hora". Mas tudo bem! Com calma e insistência, conseguimos entrar no horário de visitação. Além desse pequeno aborrecimento, confesso que fiquei muito chateada em ter que pagar pelo ticket de entrada. Até este momento, esta tinha sido a primeira igreja que eu paguei para entrar na minha vida. Mas ok... quando entrei entendi que na verdade ela é uma obra de arte e portanto, justifiquei o valor do ingresso.
Quando entrei eu realmente não acreditei no que vi. Ela é simplesmente linda! Com certeza a igreja mais bonita que já vi e fui na minha vida! Durante a viagem, eu não tinha me dado conta que a igreja um dia serviu de mesquita e olhei para alguns detalhes e ficava pensando... "hum... isso é familiar, eu conheço isso!". Lógico! Arte turca, resquícios da invasão à cidade hehehehehe. Adoro!
Ela possui poucas imagens e as que estão lá são bem sóbrias e delicadas. Todos os detalhes florais e geométricos realmente me confortaram, eu adoro este tipo de decoração. A igreja é bem alta e somente subindo no 1º andar é possível ter uma noção real de sua grandeza (em todos os sentidos).
A igreja é tão bonita que foi difícil selecionar quais fotos iria compartilhar neste site. Cada cantinho possui um detalhe tão gracioso, que eu ficaria uma tarde toda passando os olhos em tudo! Com certeza, quando voltar à cidade passarei nesta igreja novamente e não reclamarei em relação ao preço de entrada. Ao longo da viagem pela Europa Central eu acabei pagando pelo ticket de entrada em outras igrejas (não a maioria, ainda bem). Mas na real? Esta realmente vale muito a pena pagar, vale cada centavo!
Há uma bilheteria entre a igreja e o Halászbástya (Bastião do Pescador). Aliás, para quem quer trocar florints por euros, eis um bom lugar para cambiar!
Ué, mas tudo na Hungria você tem que pagar para entrar? POIS É.....
Informações:
Horário de visita: Dias da semana das 9-17h, Sáb das 9-13h e Dom das 13-17h
Algumas datas específicas possuem horários diferentes, consulte o site oficial
Preste a atenção no calendário dos concertos, com certeza deve ser belíssimo!
Entrada: Ft1.800 (cerca de €5,50 - valor atualizado em Abril/2019). Para subir nas torres o valor é separado e também custa FT1.800, então se você quiser subir nas torres e entrar na igreja, desembolsará €11
Endereço: 1014 Budapest, Szentháromság tér 2
dicas para conhecer Budapeste com textos e fotos do itinerário de viagem, favor respeitar!
Halászbástya
O Halászbástya é chamado em inglês de Fishermen's Bastion e não tem site oficial. É um terraço no estilo neo-gótico e neo-românico projetado e construído entre 1895 e 1902 no comando de Frigyes Schulek. Entre 1947-1948, o filho de Frigyes Schulek, János Schulek, realizou outro projeto de restauração após a sua quase destruição durante a 2ª Guerra Mundial. Das torres e do terraço com vista panorâmica você vê o Danúbio, a Ilha Margarida, Pest e a Colina Gellért. Além de avistar o Parlamento Húngaro, imponente do outro lado do Danúbio!
Suas 7 torres representam as 7 tribos Magyar que se estabeleceram na Bacia dos Cárpatos em 896. O Halászbástya leva o nome da guilda dos pescadores, que era responsável pela defesa deste trecho das muralhas da cidade na Idade Média. Às vezes, para mim, ele parecia um castelinho de areia por conta da sua arquitetura quase infantil. Andar nele é algo imperdível por conta da vista que ele te oferece! É imperdível!
A estátua no meio do pátio entre a Mátyás Templom e o Halászbástya é uma estátua de bronze de Stephen I da Hungria montado em um cavalo e foi erguida em 1906. O pedestal foi feito por Alajos Strobl, com base nos planos de Frigyes Schulek, em estilo neo-românico, com episódios que ilustram a vida do rei.
Em um mês de relativa baixa temporada de turistas, acho que fiz fotos bem legais sem aquele empurra-empurra de locais altamente turísticos. No local havia músicos tocando canções típicas do país em troca de gorjetas.
Informações:
Horário de visita: Diariamente das 9-23h
Entrada: FT1000 (cerca de €3,3)
Endereço: 1014 Budapest, Szentháromság tér 5, Hungria
Lá dentro do Bastilon (na parte exterior, não precisa pagar o ingresso para entrar = MILAGREEEE) há um lounge bar bem aconchegante, porém com um menu para almoço bem limitado (pelo menos ele existia em 2013, não sei se continua no local ou se já foi substituído por alguma outra coisa).
Optamos pelo menu turístico onde a entrada era uma sopa goulash. O problema é que esta sopa típica da região é à base de pedaços de carne bovina, coisa que eu não como. Mas fiquei muito curiosa para saber como era o gosto e então, pois bem, experimentei!
Tem sim um gosto de carne, eu não comi nenhuma, lógico... separei todas! Mas a páprica ajudou a disfarçar e eu consegui tomar todo o caldinho com batatas e cenouras! E depois veio o prato principal que era coxa de frango com um risoto leve e simples. Não sei onde anotei os valores desta refeição. Sumiu e eu não lembro. Mas não dava mais do que €18 por pessoa e com bebida!
A foto ao lado mostra a janela deste lounge com vista deslumbrante para o Parlamento Húngaro e o Danúbio. Não deixe de fazer sua refeição na janela.
A estátua no meio do pátio entre a Mátyás Templom e o Halászbástya é uma estátua de bronze de Stephen I da Hungria montado em um cavalo e foi erguida em 1906. O pedestal foi feito por Alajos Strobl, com base nos planos de Frigyes Schulek, em estilo neo-românico, com episódios que ilustram a vida do rei.
A esta altura do dia 15/Set/13 até estávamos com um certo calor e nesta minha refeição escolhi um suco de limão verde + limão siciliano + limão "xpto" que no final deu um resultado fa-bu-lo-so. O melhor suco da face da terra! Só de lembrar me dá água na boca!
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Sziklatemplom
Esta inusitada igreja dentro de uma caverna fica na Colina Gellért. A Sziklatemplom também referida como "Gruta de São Ivan" (Szent Iván-Barlang), a respeito de um eremita que viveu lá e acredita-se que ele usava as águas termais naturais de um lago lamacento próximo à caverna para curar os doentes. É provável que esta mesma água seja a fonte para os "Banhos Gellért".
No século 19, a caverna já foi habitada por uma família pobre que construiu uma pequena casa na grande abertura. Depois, foi feita a primeira entrada moderna para as cavernas na década de 1920 por um grupo de monges paulinos que foram inspirados pelas construções rochosas semelhantes durante uma peregrinação em Lourdes e França. Desta forma, formou-se a pequena igreja naquele local. Após sua consagração em 1926, serviu como uma capela e convento até 1951 e também como um hospital de campanha para o exército da Alemanha nazista durante a 2ª Guerra Mundial.
Em 1945, o Exército Vermelho da União Soviética invadiu Budapest e durante seis anos, a gruta continuou com suas funções religiosas, mas em 1951, a Autoridade de Proteção do Estado invadiu a capela como parte da ação contra o aumento da Igreja Católica. Como resultado do ataque, a caverna foi selada, o superior do mosteiro, Ferenc Vezér, foi condenado à morte, e os irmãos restantes foram presos por mais de dez anos.
À medida que a Cortina de Ferro se desintegrou, a capela foi reaberta em 27/08/1989, com a destruição da parede grossa de concreto que selou a entrada da caverna. Em 1992 a capela foi restaurada e a Ordem Paulina voltou. Hoje, os monges continuam a desempenhar funções religiosas dentro dela, embora a caverna seja também uma atração turística. A igreja é complementada por um mosteiro misterioso escavado na rocha e decorada com impressionantes torres neo-góticas (você pode avistar quando ainda estiver na borda do Danúbio, no lado Pest de frente à colina Gellért). O terraço em frente da entrada possui a estátua de Santo Estêvão em seu cavalo.
Apesar da história de superação, achei o ambiente um pouco carregado. Talvez justamente por ter sido tão sofrida a continuidade da capela durante todos estes anos que ficou lacrada.
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(sic) "Confidencializando"....
... até pouco tempo depois de deixar Budapest, eu havia concluído de que não voltaria para lá. Hoje, amadurecendo a ideia, sei que voltaria até porque deixei umas pendências imperdoáveis nesta cidade (veja mais abaixo em "outros lugares para conhecer").
Mas o que me levou à conclusão, naquela época, de que jamais voltaria à cidade?
Bem... eu tinha achado a cidade (mais precisamente a parte Pest) um pouquinho perigosa e feia. Sim! Feia! Obviamente algumas vias estavam em reforma, o que deixou o passeio meio caótico. Mas convenhamos, Budapest possui tantos prédios tão mal cuidados que questiono se estavam abandonados há décadas ou se esta é a estética adotada. Alguns prédios e algumas partes dos prédios são tão sujos que te dá um tremendo desconforto. Há muitos mendigos perambulando pela cidade, a parte central perto da estação de metrô Nyugati pályaudvar é um lugar realmente muito feio (me lembrou a Estação da Luz em São Paulo). Além de tudo isso, o dia chuvoso e friorento do primeiro dia deixou tudo tão melancólico que eu acho que minha primeira impressão de Budapest foi equivocada e injusta. Eu já escrevi aqui no blog que o sol faz diferença, e realmente faz! Então concluo que sim! Eu voltaria e exploraria mais a cidade, principalmente o lado Buda.
Sobre a segurança que mencionei, ficar ligeiro nunca é demais em qualquer lugar do Planeta Terra. Eu tenho anos de experiência em identificar possíveis furtos e assaltos através dos longos anos morando no município de São Paulo, como uma típica paulistana. Treinamentos diários como estes, servem para você adquirir um radar um pouco mais apurado. Sempre soube que a Hungria era um dos países para ficar mais esperta, mas nunca paranoica.
A grande maioria dos húngaros vai te tratar bem e vai se esforçar para te ajudar em uma informação ou dúvidas em relação a algum tipo de comida, por exemplo. No nosso caso, a grande maioria dos simpáticos e solícitos eram os homens. Eles não são insistentes e nem inconvenientes, então, mais um ponto positivo para voltar. Sobre a classificação da comida mais saborosa da Europa Central, eu deixo as refeições que fiz em Budapest com a medalha de prata. Sim! São muito boas e saborosas. Mas vale lembrar que eu gosto de temperos e se forem marcantes, melhor!
E por fim, repito: A Mátyás Templom vale a visita e a revisita à cidade!
Outra coisa que vou "confidencializar"... fiz algo que eu considero imperdoável fazer em uma viagem... fui a shopping centers! Sim! Mas, tudo tem um porque: O Corvin Plaza ficava praticamente na esquina do nosso hotel e para sacarmos dinheiro, era o local mais próximo. Outro motivo é que eu precisava comprar um tênis e meias para esquentar meus pés, eu não tinha levado nada além de sapatilhas já que o tempo não era para estar frio. Para quem tem curiosidade, comprei um tênis muito bom (modelo Kanadia tr5 - running) da Adidas por Ft16.990,00 ou €57. Nem caro e nem barato, apenas justo!
Dicas de refeições:
Chegando na cidade e colocando as malas no hotel, acabamos caindo no Costa Coffee do shopping mall Corvin (mas tem em vários lugares pela cidade, é uma franquia britânica concorrente da Starbucks).
E começamos o dia na cidade com o café da manhã contendo: lanche de presunto que parecia um misto quente sem queijo (feketeerdei sonka) Ft680 (€2,30), um café americano Ft960 (€3,30), croissant simples Ft680 (€2,30) e um café com chocolate (latte massi) por Ft960 (€3,30). Mas é bom saber que, o 'copo' tinha quase 500ml.Fiz uma compra milagrosa no supermercado da cidade... foi muito barato! Veja só: Nestea Citrus Ft279 (€0,95), Activia de 250g Ft199 (€0,70), chocolate waffle Milka Ft85 (€0,30) e outro Activia de 125g Ft109 (€0,37). Me assustei com o preço final da compra... nem €2,50!!!
Na famosa rua Vaci Utca comemos no Sörbárka Pub & Restaurant que é um lugar bem aconchegante com um quê de pub para marinheiros (mas não havia nenhum marinheiro, lógico... era só decoração). Comemos muito bem um combo com tudo, mas infelizmente não lembro o preço. Mas não era nada caro e o atendimento foi ótimo. Tinha até arroz! (nota de Janeiro/2020: na época que fui não foi uma experiência ruim, mas relatos recentes indicam que a qualidade caiu e meio que tentam aplicar "golpes" aumentando o valor da bebida na conta.
Sugiro outros restaurantes, mas que eu não posso avaliá-los porque eu não os conheci: Gerloczy Kávéház (Endereço: Gerlóczy Utca 1); Chez Daniel (Endereço: Szív Utca 32); 21 (Endereço: Budapest, Fortuna Street 21); Spinoza Étterem (Endereço: Budapest, Dob utca 15) e Cafe KÖR (Endereço: Budapest, Sas utca 17).
Os valores destas refeições são de 2013. Pelo o que percebi, de lá até 2019, os valores duplicaram, então considere +50% aí em cada valor
Outros lugares para conhecer:
- Hősök tere (Heroes' Square)
- Magyar Állami Operaház (Hungarian Opera House)
- Magyar Tudományos Akadémia (Hungarian Academy of Sciences)
- Országház (Parlamento de Budapest)
- Szent Gellért Monument
- Freedom Statue
- Gellert Park
- Magyar Nemzeti Múzeum (Hungarian National Museum)
- Fővárosi Szabó Ervin Könyvtár (Metropolitan Ervin Szabó Library)
- Para quem não vai restringir a viagem somente a Budapeste, aproveite para provar o vinho Egri Bikáver, que é tradicional por lá; vá ao vale Szépasszony e a Eger (aprecie os edifícios do tempo de dominação turca); passear nas margens do Danúbio na cidade Esztergom; apreciar o lago Balaton;
- Existem vários outros passeios por Budapeste que você pode fazer e reservar desde já os seus ingressos. Clique no nosso link da TIQETS e reserve já! Uma dica é adquirir o Budapest Card que engloba vários museus da cidade e o preço é ótimo!
Hospedagem:
Prater Residence ( Endereço: 1083 Budapest Práter utca 24) o hotel não fica longe da estação de trem central de Budapest, mas utilizamos o taxi ara chegar. Não fica tão distante das atrações turísticas da cidade, mas depende muito da disposição de cada pessoa para ir caminhando. Para quem vai a pé diretamente do hotel até o Buda Castle, leva cerca de 45 minutos mais ou menos até o funicular para subir a colina onde fica o castelo. Lógico que ninguém vai fazer esta caminhada sem parar, sempre há vários lugares para conhecer no meio do caminho. Vale lembrar que o hotel fica no lado “Peste” então, o hotel é mais simples.
Vamos detalhar o hotel: ele é simples, recepção simples, elevador apertado, uma arquitetura estranha. Mas ao entrar no quarto nos deparamos com 4 cômodos: cozinha, sala; quarto e banheiro. A cozinha tem geladeira, fogão e até uma mesa para fazer um jantar. A sala tem televisão, sofá e um sofá-cama (o sofá estava meio sujo, mas com o cansaço que estávamos nem ligamos muito com isso). O quarto do apartamento possui duas camas de solteiro quase grudadas uma na outra. O banheiro é simplório e limpo. A sacada dá para as residências ao lado e parece até que você está no apartamento de alguém. Era de fato um prédio residencial que transformaram em hotel que considero "ok", apesar das sujerinhas do sofá e pela simplicidade.
Quem quiser pode tentar o Maverick Hostel que fica no meio de tudo de Budapest (aliás, fica perto do hotel que eu fiquei). Possui quarto privado e o prédio era uma antiga mansão real da dinastia Hapsburg.
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