Dicas de Viagem à região Centro de SÃO PAULO com sugestões de passeios e restaurantes para mudar um pouco a percepção do centro velho da capital paulista Leia as nossas dicas e se programe para desvendar a cidade!
São Paulo é conhecida no Brasil como a cidade do trabalho, cidade business, centro gastronômico, cidade que não pára e não dorme, cidade da alta costura e a cidade mais cosmopolita do país. Algumas pessoas a consideram feia, cidade cinza, poluída, super lotada, parada pelo trânsito, pixada.... Até eu já a considerei assim, mas decidi dar uma chance e deixar de ser hipócrita e conhecer a metrópole de verdade.
Seus habitantes, conhecidos como paulistanos, são super abertos a tendências de moda, tendências urbanas, tendências comportamentais. Eu os considero muito simpáticos e você não passa despercebido, é fácil conversar com um no metrô ou no supermercado, enfim... o paulistano não é indiferente.
Cada vez mais a cidade recebe turistas do mundo todo e muitos profissionais também do mundo todo, sendo que boa parte destes acaba fixando residência por aqui. É uma cidade que recebe elogios e críticas, mas no fundo, tudo depende da expectativa da pessoa que a avalia. No final entendo que uma pessoa possa falar muito mal desta cidade, até eu já a julguei mal, mas é necessário entender o contexto em que a cidade está atualmente e , desta forma, não vai adiantar fazer comparações dela com países de economias mais fortes e/ou culturas diferentes. Com isso em mente, comecei a descobrir a São Paulo que sempre esteve aos meus pés, mas que eu neguei conhecer a fundo... E a descoberta foi ótima e continua sendo reveladora!
Então espero que eu possa contribuir com você a descobrir ou até mesmo redescobrir a São Paulo!
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Catedral Metropolitana da Sé
A Catedral da Sé marca o centro de São Paulo. Em 1591 havia neste local uma Igreja da Sé que foi demolida para construírem uma outra (talvez um pouco maior) no estilo barroco, em 1764. Esta nova igreja foi a igreja central da cidade até 1911, já que em 1913 começou um novo projeto para uma catedral, financiado por famílias da burguesia da cidade.
O arquiteto contratado foi o alemão Maximilian Emil Hehl, que projetou uma enorme igreja em estilo eclético com vários elementos de estilos distintos, como a cúpula e o arco ogival. Apesar de ser considerado eclético, podemos observar uma predominância do estilo neogótico.
Todos os mosaicos, esculturas e mobiliário que compõem a igreja foram trazidos por navio da Itália, porém com a ocorrência da 1ª e a 2ª Guerras Mundiais, a obra sofreu um grande atraso.
A inauguração da nova catedral ocorreu somente em 1954, com as torres ainda inacabadas, mas estas foram terminadas em 1967. As obras foram tocadas inicialmente por Alexandre Albuquerque, e, a partir de 1940, por Luís Inácio de Anhaia Melo.
Teve uma grande reforma entre 2000 e 2002 e ainda é a maior igreja da cidade, com 111m de comprimento, 46m de largura, duas torres com 92m de altura e uma cúpula. Tem capacidade para abrigar 8.000 pessoas. Possui 800 toneladas de mármore no seu acabamento.
Possui um gigantesco órgão atrás do altar principal, sendo bastante inusitada a escolha da alocação do mesmo, não é mesmo? Mas isso se deu devido ao tamanho dele, que provavelmente não foi previsto no projeto da catedral. Ele foi construído em Milano, Itália, pela empresa Balbiani & Rossi em 1954 e doado pela companhia Antárctica (hoje AmBev). O instrumento tem dois corpos e uma "console" (mesa de teclados), 12 mil tubos sonoros e 124 registros, sendo 112 os registros reais. Cada teclado possui, prontas, cinco combinações sonoras fixas e seis combinações manualmente ajustáveis. É o maior órgão de tubos do Brasil e, possivelmente, da América Latina. Mas infelizmente ele está quebrado e só pode ser reparado na Itália, sendo o translado caríssimo.
Eu gostei da catedral, a praça externa que dá de frente à catedral possui uma espécie de palmeiras enfileiradas que dá um charme à construção. Apesar de muitas pessoas que podem ter um aspecto agressivo estarem por toda a praça, há mitas viaturas policiais. Então, o passeio é tranquilo.
A igreja estava comum número considerável de pessoas sentadas e rezando. Mas há alguns mendigos que tiram um cochilo em seus bancos, nada que atrapalhe a visita. Como era fim de tarde, o sol nos presenteou com aquela luz baixa e morna, batendo nos vitrais e deixando uma luz colorida linda.
Apesar de tudo, eu achei o passeio pela cripta o mais legal. Ela fica bem debaixo do altar principal e tem horário para entrar nela. Consulte na secretaria da catedral, mas saiba que o limite de horário é até 17h. A cripta é um belo salão, que mais me lembrou um salão de castelo medieval europeu, com várias colunas e arquitetura gótica. Há arcebispos enterrados lá, além de alguns personagens importantes da história do Brasil como o índio Tibiriçá, o cacique Guaianás, o Regente Feijó(governante do Brasil durante o período regência) e Bartolomeu Lourenço de Gusmão. A visita é monitorada e pode durar 30 minutos.
Informações:
Entrada: Gratuita para a catedral, mas para a cripta são R$8,50 (exceto em horários de missa e até 17h) - Valor da cripta de Março/2020 (o preço aumentou cerca de 17% ao ano desde 2015. Caso você esteja lendo esta matéria após 2020, provavelmente o valor estará aproximadamente 9,95 e por aí vai...)
Você pode visitar a cripta em diversos horários, porém em alguns dias ela fica fechada entre 11h30 e 13h e aos domingos a visita é mais curta e apenas no começo da tarde. De toda forma, o horário de visitação pode mudar a qualquer momento.
Endereço: Praça da Sé.
Metrô próximo: Sé.
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Caixa Cultural
A Caixa Cultural é mais uma opção de espaço expositivo de São Paulo, porém, não rola por lá grandes exposições tão expressivas assim... Até pelo layout da coisa, deixa a desejar. Sinto que a iluminação é muito equivocada e a energia por lá não flui, não sei explicar....
O prédio onde ocupa é patrimônio e tem uma arquitetura que curto muito: art decó. Bom... pelo menos lembra... Possui em seu acervo diversos objetos e documentos referentes à história da Caixa Econômica Federal e ao sistema financeiro do Brasil, coisa que não me apetece muito não... Possui ainda espaços internos com ambientação de época e elementos originais conservados, que podem tornar a visita um pouco menos chata.
Além dos espaços expositivos que falei um pouco mais acima, possui sala de leitura, sala de oficinas e um auditório que estão tão bem escondidos que, em uma visita mega chata, são impossíveis de serem encontrados por falta de interesse mesmo. Ok... sempre tive azar de não encontrar exposições ou eventos substanciais no que considero assim, mas fique ligado porque a Caixa Cultural mantém programação permanente com espetáculos de dança, teatro, shows, debates, sessões de vídeo e cinema, leituras dramáticas, palestras, além de exposições temporárias, sobretudo no campo das artes visuais.
Critiquei muito né? Mas o Itinerário de Viagem só fala verdades minha gente... Não há grande expressividade no cenário e, caso não haja algo realmente relevante que te faça ir pra lá, não precisa entrar. Evite o risco da região simplesmente não indo (sério... é bem tenso na região, tanto que nunca consegui tirar fotos da sua fachada). Mas como disse, exceto quando algo na programação te chamar a atenção.
Informações:
Horário de funcionamento: de Terça a Domingo das 09h-19h. Fechado nas Segundas.
Endereço: Praça da Sé, 111
Gratuito.
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Pateo do Collegio
O Pateo do Collegio foi o local onde se construiu a primeira edificação não indígena na cidade de São Paulo, pelo padre Manuel da Nóbrega, o padre Anchieta (que era noviço na época da construção) e vários outros jesuítas. O objetivo era a catequese dos indígenas. Desta forma, o nascimento da cidade foi marcada com a construção do Pateo do Colégio.
O dia estava quente, na verdade foi o dia mais quente há anos, mas mesmo assim estávamos firmes e fortes para conhecermos o centro de São Paulo. Chegando facilmente no Pateo, só me dei conta de que o famoso pátio é o calçadão externo na parte da frente do prédio histórico, ao perguntar para uma moça do "informações aos turistas".
Entramos no prédio a fim de buscarmos a bilheteria e conhecermos o Museu Anchieta. Mas antes disso, lá dentro, percebemos um pequeno restaurante muito simpático com cafeteria. Eu já tinha almoçado mas com certeza um dia voltarei para almoçar lá.
O prédio já teve muitas modificações desde sua inauguração, em 1554. Ele já foi expandido, demolido, refeito, teve a fachada modificada, o pátio mudou várias vezes, a fachada voltou ao seu original, caiu em decadência e em 1972 foi restaurado nos moldes que vemos hoje, com parâmetro nos projetos originais do edifício tanto interior quanto exterior. De todo o complexo, apenas alguns fragmentos originais permanecem e estão protegidos com vidro ou com acesso restrito para visitação. No próprio restaurante podemos ver uma parte das paredes em ruínas atrás de vidros e o passeio que te leva à Cripta de José Anchieta, você vê as ruínas a certa distância.
Infelizmente no interior do edifício não são permitidas as fotos. Mas há uma praça lá dentro com uma estátua de Anchieta e uma índia que você pode tirar fotos. Dentro do museu há muitos objetos da igreja, alguns quadros retratando o padre e uma ala com um bom apanhado da história do Centro da cidade e de como ela foi modificada, apresentada em forma de maquete (que é surpreendente), cartografia e um timeline estilizado do Pateo. Eu adorei aprender um pouco mais sobre o desenvolvimento urbano, apesar de que me cortou o coração ao ver as aldeias indígenas sendo substituídas por ruas e concreto.
O passeio pode durar até 1 hora caso você goste do conteúdo e de história, porque há muita informação escrita.
Ao lado do museu há uma igreja e estão expostos o manto do padre Anchieta e até o fêmur do mesmo! Achei meio impressionante...
Informações:
Horário de funcionamento: 9:15, 10:15, 11:00 13:15, 14:15 e 15:00. Não sei ao certo quais dias da semana funciona a visitação ao museu porque o site do Pateo não especifica.
Entrada: R$6 R$8 (valor atualizado em Setembro/2019)
Endereço: Praça Pateo do Collegio, 2
Metrô próximo: Sé ou São Bento.
Necessário agendar para grupos maiores (telefone 3105-6899 de Terça à Sexta). Bolsas e mochilas são guardadas na bilheteria. Possui banheiro pago (R$2)
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Solar da Marquesa
O Solar da Marquesa de Santos é um daqueles lugares que eu sempre quis conhecer mas sempre adiei a visita. Até que surge aquele dia que você simplesmente vai!
O prédio foi adquirido por Domitília de Castro e Canto Melo, em 1834. Domicílio era mais conhecida como a Marquesa de Santos, e acabou transformando este prédio em uma das residências mais aristocráticas de São Paulo, regado com muitas festas.
Acredita-se que o edifício é do século XVIII somente devido a suas características arquitetônicas, fazendo dele o último exemplar referente à arquitetura residencial urbana de São Paulo daquele século. Desta forma, a visita é muito válida!
Obviamente o edifício sofreu muitas alterações e ampliações e quando Domitília faleceu, prédio passou a ser de seu filho e em 1880 acabou sendo vendido e a partir de então passou de mão em mão e mais modificações foram feitas no prédio.
Quando estava totalmente descaracterizado, o delicado projeto de recuperação teve início em 1991. O pavimento superior ainda possui as paredes de taipa de pilão e pau-a-pique do século XVIII e mantém as características ambientais das intervenções do século XIX, que na sua visita, você poderá conferir.
Apesar de ser muito difícil reproduzir como era originalmente, andar por lá ainda dá aquela sensação de casa daquela época e bem no estilo português. Vale lembrar que o edifício inteiro não possui ar condicionado, então, se estiver calor, vá com roupas leves porque é quente.
O passeio pode levar de 30 a 40 minutos. às vezes há exposições temporárias, por isso que o tempo da visita pode variar.
Informações:
Horário de funcionamento: Terça a Domingo, das 9h às 17h
Há Serviço Educativo no local
Entrada: Gratuita
Endereço: Rua Roberto Simonsen, 136, Sé.
Metrô próximo: Sé ou São Bento.
Casa da Imagem
A Casa da Imagem fica do lado do Solar da Marquesa, então, por que não passar por lá? é um lindíssimo prédio. O museu tem como objetivo a memória da fotográfica de São Paulo, então é um espaço para exposições, geralmente, temporárias.
A instituição preserva e digitalizou cerca de 130 mil fotografias histórias e que você pode conferir online.
O museu é pequeno e como o Solar, é gratuito e sem ar condicionado. Suas janelas ficam abertas, que nem quando fazemos em casa. Algumas salas são exageradas no uso do carpete... estão até nas paredes, o que me deixou com sensação de calor ainda maior (o dia era record de calor na cidade). Havia uma pequena exposição de um fotógrafo, mas no todo, gostei muito mais do prédio em si.
Possui elevador para quem tem restrições de mobilidade. Atendimento bom. Você leva uns 30 minutos dependendo da exposição e interesses pessoais. Você pode tirar fotos sem flash. Nas paredes há belos e delicados "afrescos" que provavelmente são restaurações dos originais.
Informações:
Horário de funcionamento: Terça a Domingo, das 9h às 17h. Há Serviço Educativo no local
Entrada: Gratuita
Endereço: Rua Roberto Simonsen, 136, Sé.
Metrô próximo: Sé ou São Bento.
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Jardim Walter Galera no Edifício Matarazzo - Prefeitura de São Paulo
O Jardim Walter Galera fica na laje do Edifício Matarazzo que faz parte da história de São Paulo e hoje abriga a Prefeitura da Cidade de São Paulo. Desde 2015 são feitas visitas monitoradas para este jardim que recebe por visita apenas 10 pessoas. Para realizar esta visita você deve comparecer pessoalmente no saguão da prefeitura e esperar a lista de espera abrir, que geralmente abre 1 hora antes do passeio de fato acontecer. Depois que você garantiu o seu nome, a moça que organiza a visita chama todos os visitantes e começa apresentando a história do prédio pela sua fachada.
Conhecido também como Palácio do Anhangabaú, fica no Vale do Anhangabaú e construído no final da década de 30 a mando do empresário Francisco Matarazzo Júnior. Em estilo neoclássico, o prédio serviu como sede das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo e assim manteve a sua função original até 1974. De lá pra cá passou por outras administrações, mas desde 2004 é sede da prefeitura.
A visita detalhe um pouco sobre o lindo mosaico que há no saguão do prédio, sobre as riquezas do país. Vale a pena olhar e apreciar o belo trabalho. Depois guardamos nossas bolsas nos armários e seguimos até o topo do prédio, seguindo um caminho de escadas. Como superstição brasileira, o prédio de 43 metros de altura não possui o andar número 13.
O terraço sempre teve um jardim, inicialmente um projeto mais contido e apenas com gramado e plantas baixas. Somente a partir da década de 70 que o zelador do prédio começou a fazer intervenções e plantou plantas mais robustas e estruturais, e o nome dele era Walter Galera que hoje dá o nome do jardim que cuidou. Obviamente não havia um planejamento paisagístico e nem arquitetônico na empreitada de Walter Galera, o que demandou uma intervenção mais tarde, bem depois de sua morte em 1995, acerca de averiguar comprometimentos na estrutura do prédio.
As visitas foram abertas a partir de 2015 e em 2017 foi reformado para melhorar a experiência do visitante. Vislumbrar árvores enormes lá em cima, considerando que o espaço entre laje e terra são limitados, só nos faz pensar e agradecer pela natureza ser tão resiliente e forte! Assim, espero, ao menos!
Informações:
Dias e horário de visita: Segunda a sábado, às 14h30 e 16h30 (chegar 1 hora antes)
Endereço: Viaduto do Chá, 15
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CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil
O CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) é um espaço cultural e possui filiais em mais 3 estados brasileiros (até o momento). É um espaço cultural de quase todas as suas espécies, espalhados entre o auditório, teatro, cinema e galerias. Em São Paulo foi inaugurado em 2001 no prédio atual que inclusive, é lindíssimo. Sou apaixonada pela arquitetura deste lugar! O prédio é de 1901 e possui 4183m². Foi comprado em 1923 pela instituição financeira que administra o CCBB, mas na época a intenção era tornar o prédio como o primeiro prédio próprio do banco, após reforma.
Não tenho mais informações sobre o prédio, mas garanto que o CCBB traz muitas exposições e espetáculos temporários maravilhosos e boa parte são gratuitos! Geralmente a procura é grande, dependendo do tema, então é necessário se programar com antecedência! Como o prédio é pequeno e existe restrição de entrada de visitantes, pode ser que você fique numa fila lá fora na rua. Opte para ir nos dias de semana ou conforme informações abaixo. Aqui já vi belíssimas exposições de pintores impressionistas, arte contemporânea, enfim.... fique de olho na agenda deste lugar sagrado!
Informações:
Horário de funcionamento: Quarta a Segunda das 9h às 21h.
Entrada: Exposições, ideias e programa educativo são gratuitos. Artes Cênicas (teatro, dança e ópera) e música: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada). Cinema: R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia-entrada), por sessão. Valores atualizados em Setembro/2019, os valores geralmente possuem baixíssimo reajuste!
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112
Metrô próximo: São Bento.
Em alguns eventos gratuitos são disponibilizadas senhas de entrada que são distribuídas com 1 hora de antecedência do início da atividade. Mas recentemente surgiu um novo sistema de distribuição de senhas. Acesse o site oficial para pegar a senha.
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Casa Godinho
A Casa Godinho é uma mercearia e/ou empório (nem sei a diferença destas denominações) que existe desde 1888, ano em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea extinguindo finalmente a escravidão no Brasil! Fundada por um português primeiramente na praça da Sé, mudou para este endereço em 1923. Dizem que as instalações da loja são peças originais daquela época, o que nos faz viajar no tempo.
Lá você encontra produtos do tipo azeitonas, azeites, vinhos, frios, pães, além de doces e empanadas. Aliás, a própria casa se auto intitula como a melhor empanada da cidade. Ainda não tirei a prova, mas já falo que os doces são bem bons.
Endereço: Rua Líbero Badaró, 340 (próximo à estação São Bento, linha azul)
Funciona apenas de segunda a sexta das 07h-18h45
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Casa Mathilde
Já que você está no Centro, perto da São Bento, sugiro abastecer as energias com os doces e cafés maravilhosos da Casa Mathilde. A casa é tradicional na região e é especializada em doces portugueses. A história começou em 1850 e está no endereço atual desde a década de 50.
Sempre quando ando por lá, por mais que eu resista, o cheiro dos doces me "pega".... não consigo resistir! Não são lá muito baratos, mas compensam na qualidade e sabor!
A maioria dos doces portugueses usam muita gema de ovo, então é basicamente isso o que você vai encontrar. O que eu destaco são: Pastéis de Belém o Bola de Berlim e os biscoitos Areia de Cascais, que aqui em São Paulo apelidamos como "Sonho". Uma delícia! Nota média está para um doce chamado Russo e para o Mil folhas que não é crocante, uma pena...
Endereço: Praça Antonio Prado, 76.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 09:00 às 19:30 e aos sábados das 09:30 às 16:30.
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Mosteiro de São Bento
O Mosteiro de São Bento é um dos prédios católicos de São Paulo que eu mais acho lindo de todos! Ouso falar que eu o acho um dos exemplares mais lindos que fui até hoje, no mundo todo (ok... não conheço o mundo todo, mas já entrei em milhares de igrejas). Não é um prédio muito grande, mas é rico em detalhes e muito, mas muito caprichado!
Antes que me questionem: não são permitidas fotos no interior do Mosteiro, porém, consegui uma autorização interna para fotografar e para disponibilizar tais fotos aqui no blog! Auwi no Itinerário de Viagem sempre respeitamos as regras da casa! Sempre!
O Mosteiro de São Bento é da ordem beneditina que chegou na cidade em 1598, porém, este prédio que visitamos é de 1920, projetado pelo arquiteto alemão Richard Bernl. Pesquisei para entender o estilo arquitetônico do Mosteiro e vi que ele possui um interior beuronense que foi desenvolvida entre o século XIX e XX por beneditinos de Beuron, uma cidade alemã quase próxima à Suíça. Não cheguei a ir a este canto da Alemanha, apenas chegando em Munchen (Munique) que é o mais próximo daquele local. Mas de toda forma, algo muito próximo a esta igreja só vi em Amsterdam, a Igreja de São Nicolas, porém, quando estive dentro dela, estava sem a câmera e nem pensei em fazer um registro via smartphone....
Às 07 horas da manhã durante a semana, acontecem missas com cantos gregorianos. Juro que vou acordar cedo um dia para vivenciar isso!
Além da religiosidade, você pode comprar quitutes a base de carboidratos na minúscula padaria do Mosteiro. São pães lindos feitos pelos monges do Mosteiro e já tive a oportunidade de comer alguns, inclusive umas madeleines. Eu acho muito, mas muito caro, não é um pão para se comer no dia a dia, somente em ocasiões especiais. Para quem não quer arriscar a vida num assalto lá no centro, pode ir até a padaria oficial nos Jardins (Endereço: Rua Barão de Capanema, 416) ou visitar a loja online (clique aqui)
Outro evento legal que você pode fazer no Mosteiro é o brunch oferecido no último domingo do mês (clique aqui) e além dos pães da padaria há um menu com pratos quentes feito por chefs de cozinha. Eu nunca fui e talvez não irei degustar tal experiência porque considero muito, mas muito caro. Mas quem sabe um dia?
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Café Girondino
O Café Girondino é um dos lugares que mais gosto de ir quando estou no centro e, como costumo frequentar este circuito da região da São Bento, sempre que posso dou uma passada neste café.
Foi inaugurado em 1998 e apesar de não ser um café antigo, de décadas que eu não estava sequer viva, ele carrega um ar bucólico meio que do século XIX, talvez em homenagem a um outro Café Girondino que uma vez existiu na Praça da Sé, mas não sei ao certo quase nada sobre os dois, já que não há tantas informações na web. Mas a questão é que eu gosto do lugar para apreciar um café, um doce e a vista vintage de dentro e a movimentação de fora.
Endereço: R. Boa Vista, 365
Funciona todos os dias das 07:30-20:00 ou 22:00 e aos domingos das 08:00-18:00
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Mercado Municipal de São Paulo
Mais conhecido como Mercadão, foi inaugurado em Janeiro de 1933 para servir de entreposto comercial de atacado e varejo, com especialidade na comercialização de frutas, verduras, cereais, carnes, temperos e outros produtos alimentícios e acessórios para cozinha. São cerca de 290 boxes para se perder entre tantos produtos e, portanto, se você não vai só turistar por lá, melhor levar uma listinha senão você vai querer comprar tudo.
Em 2004 o prédio sofreu uma intervenção arquitetônica no seu interior, quando um mezanino foi inserido e lá começaram a funcionar alguns restaurantes e lanchonetes. A coisa tomou forma e acabou virando tradição porque é muito gostoso sentar lá naquelas cadeirinhas e comer algo... dá uma impressão que os produtos usados nas cozinhas saíram direto dos boxes do Mercadão. Pode ser que sim, pode ser que não rsrs.
A arquitetura segue igual àquela marca registrada do escritório de Ramos de Azevedo, e marcou muitos prédios hoje históricos no centro de São Paulo.
Uma das iguarias obrigatórias para experimentar no Mercadão é o sanduíche de mortadela. E dizem que o melhor é a do Bar do Mané (corredor F11 esquina com E14). É bom saber que o Bar do Mané funciona no Mercadão desde a sua inauguração, criado por dois primos de descendência portuguesa. O lugar só passaria a ser conhecido por seu nome atual, Bar do Mané, na década de 70, quando foi assumido por Manoel Cardoso Loureiro, filho de um dos fundadores. Atualmente administrado pela terceira e quarta gerações da família, oferece um saboroso bolinho de bacalhau. Mas não é por essa iguaria que o lugar é conhecido.
Reza a lenda que, nos anos 60, durante uma brincadeira entre os funcionários, surgiu um sanduíche com recheio exagerado de mortadela, isso tudo porque o pão com mortadela com recheio nada expressivo, estava no cardápio e quase ninguém pedia. Porém, um cliente reclamou da quantidade pífia de mortadela no pão e os funcionários acabaram exagerando na quantidade da mortadela dentro do pão. O lanche despertou a curiosidade, agradou A clientela e, nos anos seguintes, passou a ser copiado por muitos outros bares e lanchonetes não só do Mercadão, mas em toda a capital paulistana. Hoje é possível encontrar a iguaria até com queijo "tipo" gorgonzola que eu já comi na concorrência do Bar do Mané (no mezanino).
Mas... é necessário dizer que a iguaria original lá do Bar do Mané realmente é muito boa e, além de ser gostoso demais, vem acompanhado pelos funcionários mega simpáticos do local! Ôôôôôôôô gente simpática demais! Adorei! O sanduíche é bem gostoso, porém, acho muita coisa pra eu comer sozinha, então dividi com minha companhia da época. Saí de lá satisfeita e feliz por saber que os R$29,00 valeram a pena! O lanche é tão bem feito e a mortadela é tão bem refogada que não fica aquele sabor de mortadela na sua boca durante o restante do dia. Não deixe de provar o lanche com as pimentas maravilhosas da casa! Nossa...... já me deu vontade de voltar lá e comer mais um!
Uma das coisas que mais gosto de apreciar no Merdadão são os vitrais, são cerca de 55 deles que mostram vários aspectos da produção de alimentos. Todos são de do artista russo Conrado Sorgenicht Filho, que também fez vitrais na Catedral da Sé e em outras 300 igrejas brasileiras.
Para chegar ao Mercadão, prefiro sempre descer na estação São Bento do metrô e seguir pela saída da Ladeira Porto Geral. Ao sair de lá, desça a ladeira e tente não se assustar com o mar de pessoas à sua frente. Depois sigo pela rua Comendador Abdo Schahin até chegar na rua Comendador Afonso Kherlakian. Este trajeto te faz evitar a tumultuada rua 25 de Março e é muito difícil encontrar algum perigo no mesmo.
Uma curiosidade: a rua Ladeira Porto Geral tem este nome porque era uma ladeira que dava para o porto que ficava no rio Tamanduateí, hoje aterrada, ou desconfigurada.
Dica 1: evite finais de semana ou horários após meio dia, porque geralmente lotam. É muito difícil ir de carro, porém, nada impossível, mas terá que achar um estacionamento na localidade (pago). Não vá com objetos de valor e fique atento a seus pertences tanto dentro quanto fora do Mercadão. Evite aglomeração de pessoas e não entre em becos muito vazios.
Dica 2: o Mercadão possui muitos tipos de boxes e preciso falar que há muitos boxes de frutas. Coloquei aqui em destaque porque, obviamente, as frutas irão chamar sua atenção. Ainda mais quando frutas exóticas estarão na sua frente e inevitavelmente você vai parar na frente de um desses boxes ou então, vai ser "puxado" pelos seus agressivos vendedores. Evite ao máximo este tipo de abordagem, porque eles são treinados para fazer com que você compre 01 unidade de uma fruta X que no box está suculenta e doce e quando você levar aquela 01 unidade de fruta X que custou a fortuna de R$15,00, estará seca e velha na sua casa. Evite ao máximo comprar frutas de lá, a nãos er que este seja o seu objetivo.
Dica 3: um dos melhores lugares para comprar alimentos não frescos (farináceos, produtos embalados, grãos, chás, etc) é na Zona Cerealista que fica praticamente de frente ao Mercadão. Vale muito a pena os preços, porém, às vezes são idênticos a alguns boxes do Mercadão. Fique de olho na qualidade e validade dos produtos e veja o acondicionamento dos mesmos... não é porque é referência que qualquer loja é boa.
Informações:
Endereço: Largo de São Bento, s/n
Horário de funcionamento: Aberto de Segunda a Domingo a partir das 07h e recomendo não ir lá depois das 18h, porque deve fechar. Missa: de segunda a sexta às 7h, 13h e 18h e domingo às 08h30 e 10h.
Fotos somente com autorização!
Dicas de como chegar: O melhor jeito para chegar no mosteiro é através do metrô. Desça na estação São Bento e siga para a saída contrária à Ladeira Porto Geral, ou seja, para a saída da Rua São Bento. Subindo as escadas rolantes que dão para a rua, vire à direita e logo avistará o mosteiro. Ande rapidamente para o prédio, geralmente há policiamento, porém, todo cuidado é bem vindo!
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Museu Catavento
O Museu Catavento foi inaugurado em 2009 no Centro de São Paulo e ocupa o prédio que já foi o Palácio das Indústrias, talvez em substituição ao antigo Estação Ciência que tinha a mesma pegada e ficava na Lapa (parou as atividades em 2013 para restauração e acabou sendo esquecido este plano e principalmente a intenção de ser reaberto). Mas isso é o que eu acho e não necessariamente a verdade, mas que o Estação Ciência não tem data para ser restaurado e muito menos reinaugurado, isso é informação oficial e não meu achismo.
O prédio do Museu Catavento é não passa despercebido na região que fica próximo à Estação São Bento do metrô, próximo à caótica rua 25 de Março e próxima ao Mercadão. Com estilo arquitetônico eclético, feito pelo escritório de Ramos de Azevedo, foi inaugurado em 1924 para abrigar exposições relacionadas à Indústria Paulista. A fachada possui belas esculturas e vale a pena observá-las.
Interessante saber que o prédio já foi até um presídio e passou por restauros projetados pela famosa arquiteta Lina Bo Bardi, e de 1992 a 2004 foi a sede para a Prefeitura da Cidade de São Paulo.
O Museu Catavento é um museu interativo e tem o objetivo de apresentar os campos da ciência para crianças, jovens e adultos. O espaço de exploração é de 4.000 metros² e é dividido em 4 seções: "Universo", "Vida", "Engenho" e "Sociedade". Fundado por instituições públicas (Secretaria da Cultura e Educação do Município de São Paulo), possui parceria com empresas privadas.
Além das belas esculturas da fachada, na parte de fora do prédio há réplicas de carruagens, peças de engenhos antigos, vagões de trem, locomotivas, um avião antigo e até peças bélicas, como canhões de artilharia antiaérea. São objetos que chamam muita a atenção das crianças.
Visitei o museu em Setembro de 2018 e estava um dia frio alternando entre chuva, sol e muita chuva no final. Devido à chuva não consegui conferir todos os itens do exterior do prédio, porém, no pátio interno há um borboletário em forma de geodésia que tínhamos que conhecer com ou sem chuva! A chuva e tempo nublado de fato deixaram as borboletas tímidas, mas deu pra ver algumas!
Vale dizer que fomos numa terça, dia que a entrada é gratuita e consequentemente, dia de muitas excursões escolares! Não que isso impeça você a fazer uma visita ótima, mas para quem precisa de silêncio e calma na visitação de um museu, sugiro escolher outro dia.
Outro fato ruim é que algumas salas só abrem nos finais de semana, como as salas dos dinossauros e a evolução do homem primitivo ao homem hoje.
Informações:
Horário de funcionamento: De terça a domingo, com entrada das 9h às 16h e permanência no museu até às 17h. Feriados: Consulte o site. Última entrada até as 16h. Segunda-feira não abre!
Endereço: Avenida Mercúrio, s/n - Pq Dom Pedro II, Brás
Entrada: Terça é gratuito. Outros dias: R$ 10,00
Estacionamento: Visitantes do Catavento: Até 4 horas R$ 15,00 - Adicional por hora R$ 5,00. Ônibus e Vans R$ 30,00 - Adicional por hora R$ 10,00
Recomenda-se a visitação para crianças acima de 7 anos.
Textos e fotos do Itinerário de Viagem, favor não copiar e usar indevidamente!
Galeria do Rock
O nome oficial da Galeria do Rock é Centro Comercial Grandes Galerias e foi construída em 1962, sendo dedicada majoritariamente a um pouco mais de 100 alfaiates, porém, desde aquela época era possível encontrar salões de beleza e lojas dedicadas a serigrafia. Porém, com a introdução de shopping centers na cidade no final daquela década, a galeria acabou ficando abandonada aos poucos. E com isso, o valor do aluguel das lojas abaixou, dando margem à entrada da primeira loja de punk rock em 1976 no local. Desde então, a galeria é apelidada de Galeria do Rock.
No final da década de 70, a galeria virou point de encontro dos punks e eventualmente havia muitas brigas entre punks, skinheads e headbangers, bem como alguns casos de consumo de drogas e bebidas e furtos eram comuns. Foi aí que os lojistas acabaram organizando a galeria para torná-la mais segura e proibindo a instalação de lojas de punk.
Na primeira metade da década de 80, muitas lojas de discos acabaram se instalando na região e também na galeria e o gênero punk foi liberado para voltar à galeria, porém, na época, muitos outros gêneros do rock estavam em alta como o hard rock e sobretudo o heavy metal. Com os anos 90 e a chegada dos compact discs, a Galeria do Rock era o lugar certo para comprar raridades e CDs que eram impossíveis de serem adquiridos em outro lugar da cidade.
Eu passei boa parte da minha adolescência na Galeria do Rock e aprendi muito. Vivia entre as lojas de CDs, camisetas, vinil, tatuagem e no andar térreo e subsolo ficava curiosa com o universo hip-hop que era marcante por lá.
Depois de muitas décadas sem pisar na galeria, fiquei impressionada como o ambiente heavy metal mudou, com muitas lojas mais gourmetizadas, diminuição drástica de lojas de CDs e abriram até umas cervejarias. Nos dois ou três últimos andares, a serigrafia continua firme e forte e no último andar, por enquanto funciona uma barbearia gourmet em estilo heavy-punk de boutique e um bar.
Informações:
Horário de funcionamento: Segunda a sábado das 10h-18h30, fecha aos domingos
Endereço: Av. São João, 439 mas você consegue entrar pela Rua 24 de Maio, 63
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Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
Quando você está na Galeria do Rock, indo para o lado da Avenida São João, avistará o Largo do Paissandu, famoso. No centro do largo está a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos que originalmente nem ficava no largo, ficava na Praça Antônio Prado, construída entre 1721 e 1722 e seu nome vem porque a igreja era dedicada à reunião de negros e escravos, que celebravam ritos católicos misturados com crenças de origem banto. A igreja foi demolida em 1903 e "reconstruída" neste endereço atual. Consagrada em 1906 não faço ideia se possui características da original.
Na praça ainda há uma bela escultura chamada "Mãe Preta" amamentando uma criança. Pelo o que pesquisei, a estátua simboliza a figura tradicional do período colonial da mãe preta que era "ama-de-leite" para os filhos de sua dona ou patroa "branca".
Informações:
Horário de funcionamento: Terça a sábado das 09h-21h, domingos das 09h-18h. Fecha às segundas.
Endereço: Rua 24 de Maio, 109 (próximo ao metrô República)
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Leiteria Ita
Muitas pessoas e até sites e blogs falam que a comida é boa e barata. O lugar é pequeno, sempre lota. O bacalhau chega a acumular uma fila de frequentadores. Eu ainda não almocei lá, mas quero muito! Uma das coisas que provei foi o pudim de leite que custou apenas R$5,00 e é bem gostoso, não é exagerado no açúcar e meu pedaço foi divido em 2 com uma amiga. O atendimento é rápido e dá pra sentir um amor cuidadoso em quem te atende e em quem fez o doce.
Estou louca para voltar e provar um prato deles! Ah... além de pudim de leite, eles servem arroz doce, creme de abacate e manjar de coco, ou seja.... tudo o que amo!
Pois bem eu voltei lá em um sábado, dia em que o prato da casa é a feijoada. Não pedi a feijoada porque eu queria um PF de dia dia, sabe? Dei uma olhada nas opções e notei o primeiro desafio: a maioria possuía carne bovina e eu não como este tipo de carne. Das poucas opções, me esquivei dos macarrões (não estava a fim) e parti para um frango grelhado com feijão e batatas fritas. E só. Isso mesmo, só! O prato não é grande, digamos que é um prato para uma mulher de dieta leve... o feijão era claramente o mesmo feijão utilizado para fazer a base da feijoada do dia, o que não é um ponto negativo. O frango não estava esturricado e estava bem temperado e a batata frita foi o melhor do prato. O arroz não era aquele soltinho, mas não estava ruim. A farofa é ok, sem sabor. Foi legal comer, mas nada surpreendente e nem ativou nenhuma viagem gastronômica ou nostálgica na cabeça. Comida de casa e ponto. Não achei barato. Havia pratos de 21 a 30 e poucos reais e este custou 26, digamos que seria ideal pagar R$18 e não R$26.
Informações:
Endereço: Rua Do Boticário, 31
Horário de funcionamento: de terça a sábado das 11h30-18h00
Dicas de turismo na região Centro de São Paulo. Textos e fotos do Itinerário de Viagem, favor não copiar e usar indevidamente!
SESC 24 de Maio
São Paulo possui cerca de 16 SESCs na capital e são instituições brasileiras privadas mantidas pelo conglomerado de empresas do comércio de bens, serviços e turismo. Apesar de ser um tipo de clube e centro cultural dos comerciários, são abertas à comunidade em geral.
A atuação do SESC está na educação, saúde, lazer, cultura e assistência (tem até dentista em algumas unidades). Isso quer dizer que os comerciários podem ser afiliados e praticar esportes e aulas nas unidades do SESC e obterem descontos nos eventos culturais como teatro, música, apresentações, etc. Eventualmente possui oficinas tanto para adultos quanto crianças sobre música, dança, artesanato e etc. Geralmente há uma vasta programação de exposições, teatros, oficinas e etc e quem quiser aderir assiduamente às atividades e não exerce trabalho ligado ao comércio, pode providenciar uma carteirinha com anuidade (ou mensalidade).
O SESC é referência na cidade e cada unidade de São Paulo possui uma característica. Em todas as unidades há restaurante com preços bem convidativos e comida gostosinha. Por incrível que pareça, apesar de eu frequentar muito alguns SESCs, nunca havia escrito aqui!
Para se ter uma ideia, já fui até ao show do Yann Tiersen no SESC Pompeia, a um preço muito bom! Mas o primeiro SESC que vou escrever no blog é justamente o mais novo, o SESC 24 de Maio. O nome já diz, fica na Rua 24 de Maio e o projeto paisagístico dele foi feito pelo escritório Paulo Mendes da Rocha. Ele é bem imponente já que ao seu redor os prédios antigos e alguns mal cuidados o fazem brilhar!
Inaugura em Agosto de 2017, possui uma programação cultural atrativa e, por estar no centro, atrai muitos visitantes.
Dicas para conhecer o centro de São Paulo com textos e fotos de itinerário de viagem, favor respeitar
Salada Record
Um dos lugares que mais queria conhecer em relação a comida típica de São Paulo era o Salada Record porque em todos os sites que pesquisei sobre o prato Virado à Paulista, o Salada Record era mencionado. Pois bem, fui lá para conferir e gostei muito do lugar, bem cara de restaurante do centro, sem frescura e gourmetização desnecessária. O prato dá para duas pessoas e não é absurdamente caro para um prato que não é considerado sofisticado.
Achei bem leve e não saí morrendo de lá, nem pesada. Ainda não sei dizer se foi o melhor virado a paulista que comi na vida até porque esta foi a primeira vez que como o prato!
Para os que não são de São Paulo já aviso que o virado a paulista é servido na maioria dos restaurantes da cidade somente às segundas feiras. Não me atentei se o Salada Record serve todos os dias....
Endereço: Av. São João, 719
Pelo o que entendi, funciona de domingo a domingo!!! Das 08h até meia noite!!!
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Biyou'Z Restaurante
Finalmente conheci o Biyou'Z Restaurante, uma preciosidade no centro de São Paulo para provar iguarias típicas de Camarões. A proprietária é Melanito Biyouha, imigrante daquele país e muito, mas muito simpática. O restaurante é pequeno, possui apenas um pequeno salão e umas mesas na calçada. A decoração é simples e agradável, com entalhes em madeira em uma parede e quadros com destaques em revistas e jornais contando sobre o seu restaurante (tem até o The New York Times!). Prontamente ela nos acomoda em uma das mesas e nos entrega o menu. A decisão é facilitada com a descrição dos pratos, porém, coisas como "fufu" ainda nos trouxeram muita, mas muita curiosidade. O tal "fufu" nada mais é do que uma massa bem densa de arroz... quase que nem um "moti" japonês, porém, diferente.
Pedimos um Kitoor que é uma pasta de amendoim torrado com couve e camarão moído (é bem oleoso, talvez com óleo de dendê... pode ser pesado para alguns estômagos), o tal 'fufu' e galinha (que pode ser trocado por carne) e custou R$30,00. O outro prato foi um Fumbua que leva pasta de amendoim torrado com óleo de dendê, camarão moído e fumbua, que é uma folha seca típica da África, e mandioca e galinha (que também pode ser trocada por carne), custou R$35,00.
Os preços dos pratos variam nesta faixa de preço e há predominância de carnes e peixes. Os camarões usados são secos. O prato não demora a chegar, mas não são fartos... digamos que mulheres pequenas saem satisfeitas sem terem a sensação de estufamento estomacal. Para homens, pode ser insuficiente. Indico uma entrada leve como salada. Para aqueles que tem muita fome, podem pedir acompanhamentos como arroz, 'fufu', mandioca cozida e etc. Ah... importante dizer que há 3 opções de pratos vegetarianos!
Informações:
Endereço: Alameda Barão de Limeira, 19
Horário de funcionamento: todos os dias das 12h-22h
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Edifício Copan
Talvez um dos mais icônico da cidade de São Paulo, e foi projetado por Oscar Niemeyer em 1954, o ano em que ele fez muitos projetos para a cidade devido à comemoração do 4º Centenário da cidade. A obra só se deu início 3 anos depois e desde então ocupa a posição do prédio com a maior estrutura de concreto armado do país. Possui 115 metros de altura, 32 andares e 120 mil metros quadrados de área construída. O prédio é dividido em 6 blocos contendo 1.160 apartamentos de dimensões variadas. Estima-se que hoje habitam cinco mil pessoas de diferentes classes sociais porque lá dentro há desde "quitenetes" a aparatamento bem espaçosos.
Para chegar nos apartamentos, cada bloco possui o seu elevador e, portanto, o morador de apartamentos mais, digamos que, chiques, não se encontram com os moradores de apartamentos mais modestos. Hoje seria impensável fazer este tipo de segregação, mas na época era comum.
Visitamos um dos apartamentos chiques que ficam nos andares superiores e gostamos muito de ver a perspectiva de lá de cima. Interessante entrar em uma arquitetura que não deixa de ser como uma obra de arte. Infelizmente a imagem que eu trago possui a manta de proteção, já que o prédio estava em manutenção e, como muitas obras de Niemeyer, as obras de recuperação são minuciosas e levam muito, mas muito tempo para serem concluídas.
No térreo funciona vários estabelecimentos comerciais e um dos mais icônicos é o Café Floresta que funciona lá há 4 décadas. É lindo observar o jeitão antigo que ele ainda preserva e eu amo muito observar estes aspectos. É como viajar no tempo e, apesar da cara carrancuda do senhor que atende e faz o café, nada te impede em voltar mais uma vez. O café teve recentemente uma repaginada e tomou um banho de modernidade.
No térreo ainda tem o Bar da Dona Onça que é muito descolado e com uma pegada bem brasileira. Dizem que a feijoada de sábado é muito boa, não sei porque ainda não comi. Já fui lá para petiscar alguns quitutes muito bons e é tão bom que este lugar fez com que eu comesse jiló pela primeira vez na vida (frito que nem batata frita, mas tá valendo). Não lembro muito bem sobre valores, mas costuma lotar e o ambiente é bem intimista e pequeno. Também não tenho fotos de lá... quando fui male male havia celulares rsrsrs mas ouvi falar que a qualidade se mantém boa.
Outro lugar interessante é visitar a Pivô que é um espaço de exposição de arte contemporânea autônomo e sem fins lucrativos, gratuito e aberto ao público. Não deixa de ser um local meio esquisito e "too cool" de forma extremamente exagerada, porque vira e mexe a arquitetura mais crua e um tanto parecida com ruínas pode assustar quem espera um cubo branco imaculado de galeria de arte de bairros mais abastados de São Paulo. Dependendo da exposição fica até meio "art freak" rsrsrsrs mas vale a pena ficar de olho na exposição que vai rolar ou até mesmo passar por lá quando alguns artistas, que estão fazendo residência artísticas, estiverem disponíveis para um bate papo.
Informações:
Endereço: Avenida Ipiranga, 200
As visitas ao edifício são gratuitas e são realizadas apenas em dias úteis, com obrigatoriedade de agendamento prévio. Os horários permitidos são das 10h-10h30 e das 15h-15h30. No heliponto do prédio, ocorre um evento de monges budistas, às 07 horas, aberto a todos que queiram participar, mas com um limite de dez pessoas no local.
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Não selecionamos nenhuma opção de hospedagem na região Centro porque nunca nos hospedamos na região e nem nos hospedaríamos por considerarmos uma região não muito ideal para tal fim, principalmente quando não for usar taxi para ir e vir em horários tardios.
Para tal, indicamos a região da Paulista, região Oeste e região Sul (Moema, Vila Mariana e Paraíso)
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